Dificilmente a Argentina poderá cumprir o compromisso assumido pela ministra de Indústria, Débora Giorgi, de liberar as licenças de importação de produtos brasileiros em até 60 dias, conforme regra da Organização Mundial do Comércio (OMC). Isso porque a aduana argentina trabalha com um sistema mecânico, não informatizado, que não tem capacidade de analisar e liberar os pedidos dentro do prazo determinado, segundo a Câmara de Importadores da República Argentina (Cira).
"Pode haver a melhor boa vontade por parte do governo, mas é difícil implementar a velocidade exigida por causa do sistema", disse o diretor de Relações Institucionais da entidade, Miguel Ponce. A estrutura administrativa da aduana argentina entrou em colapso em fevereiro, quando o governo aumentou, de 400 para 600 itens, a lista de produtos que passaram a exigir licenças de importação. "Se antes havia acúmulos, depois da ampliação ainda mais", afirmou Ponce. "Acreditamos que o Mercosul tem de ser preservado e vamos propor mecanismos para ajudar a agilizar as licenças", disse Ponce.
Borracha da Coreia terá tributo extra
O governo decidiu aplicar direito antidumping definitivo, por até cinco anos, às importações brasileiras de borracha da Coreia do Sul. A medida instituiu um imposto extra sobre o importador para eliminar o que foi considerado pelo governo como concorrência desleal. Esse tipo de borracha é utilizado para a fabricação de pneus para veículos, salto de sapatos, artigos esportivos, artigos cirúrgicos, borracha de apagar, mangueiras, tapetes e artefatos moldados em geral. O ministério também decidiu aplicar direito antidumping, por seis meses, contra papel supercalandrado importado da França, Itália e Hungria.
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