Depois de ter atingido a maior marca do ano em julho (R$ 4,028 bilhões), a caderneta de poupança registrou captação líquida (diferença entre depósitos e retiradas) positiva de minguados R$ 518,319 milhões em agosto. Este é o segundo pior resultado do ano, já que em abril as retiradas superaram os depósitos em R$ 1,273 bilhão.
Foi por pouco que o resultado dessa aplicação não ficou negativo no mês passado. Até o dia 28 de agosto, a captação da poupança estava negativa em R$ 3,029 bilhões e apenas no dia 29 ingressaram R$ 3,547 bilhões, superando em muito o saldo total do mês. É comum haver concentração dos investimentos na poupança no último dia útil de cada mês, como foi o dia 29. Contribuiu para o resultado o fato de que no oitavo mês do ano houve o adiantamento do pagamento do 13º salário a aposentados e pensionistas. Em idêntico mês do ano passado, a captação foi positiva em R$ 4,646 bilhões.
Os depósitos no mês passado somaram pouco mais de R$ 135,575 bilhões, enquanto os saques totalizaram pouco mais de R$ 135,057 bilhões. Incluindo R$ 3,603 bilhões de rendimentos, o saldo total da poupança chegou a R$ 638,474 bilhões em agosto, ante R$ 634,352 bilhões no mês anterior.
No ano, a captação líquida da poupança nos oito meses está em R$ 14,161 bilhões. Em igual período do ano passado, o resultado era bem maior, de R$ 42,252 bilhões. A aplicação segue como importante investimento entre os brasileiros.
Isso mesmo com as mudanças nas regras de remuneração da aplicação, que passaram a valer a partir de maio de 2012. Pela nova forma, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a taxa básica está em 11,00% ao ano, conforme referendou na quarta-feira, 03, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR.
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