O vilão da saúde foi também o vilão da inflação em abril: com alta de 14,71%, os cigarros puxaram a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador, considerado a taxa oficial de inflação, passou de 0,20% em março para 0,48% no mês passado, mais que dobrando no período.

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Nos primeiros quatro meses do ano, o IPC acumula alta de 1,72%, abaixo dos 2,08% no mesmo período de 2008. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 5,3%.

Entre os grupos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), despesas pessoas teve a maior variação, de 2,14%. É desse grupo que faz parte o cigarro, responsável por 0,13 ponto percentual da inflação de abril. A alta refletiu parte do reajuste de 16 de março, aliado aos aumentos decorrentes da elevação tanto do IPI como do PIS/COFINS, vigentes a partir de 10 de abril.

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Ainda entre as despesas pessoais, destaque para o item serviços pessoais, com aumento de 1,55%. As principais altas foram observadas nos itens empregado doméstico (1,83%), cabeleireiro (1,59%), manicure (1,44%) e costureira (1,16%).

Os preços dos remédios também contribuíram para a alta da inflação: com alta de 2,89% no mês, o item levou o grupo saúde e cuidados pessoais a registrar a segunda maior variação de março para abril, com taxa de 1,10%. Esse resultado reflete o reajuste de 5,90% concedido em 31 de março para determinadas medicações, segundo o IBGE.

As demais pressões vieram dos grupos vestuário, com alta de 1,08%, e habitação, com 0,75%. Artigos de residência tiveram queda de 0,50%, enquanto o grupo transportes teve deflação de 0,21%.

INPC fica em 0,55%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de baixa renda, que ganham de um a seis salários mínimos, também teve forte aceleração em abril, passando de 0,20% no mês anterior para 0,55%.

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No acumulado do ano, o INPC ficou em 1,71%, abaixo de igual período de 2008 (2,34%). Nos últimos 12 meses, a taxa acumulada ficou em 5,83%.