3 mil caminhões
serão necessários para transportar os painéis modulares de três fábricas da MVC para os locais em que a empresa construirá as 1.050 creches contratadas pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Uma boa surpresa mudou radicalmente o plano de crescimento da MVC, fabricante de compostos plásticos com sede em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. Com a conquista de grandes contratos para a construção de creches e casas populares, a empresa vai multiplicar suas receitas por dez em apenas dois anos, saindo de R$ 152 milhões em 2012 para R$ 1,5 bilhão em 2014. Até pouco tempo atrás, a meta era atingir R$ 500 milhões em 2017.
Fornecedora do setor automotivo há mais de duas décadas, a MVC estava, aos poucos, voltando seu foco para a produção de sistemas construtivos. Mas não imaginava que esse segmento se tornaria o protagonista tão cedo. A participação dele nas receitas, que foi de pouco mais de 20% em 2012, chegará a 37% neste ano e a 80% no ano que vem.
Recentemente, a empresa venceu concorrências para construir 550 casas populares em quatro municípios gaúchos, dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida. Ontem, anunciou que levou a melhor em pregões eletrônicos do Ministério da Educação para entregar 1.050 creches em nove estados (RS, RJ, ES, BA, AL, PE, SE, MA e PI) até o fim de 2014.
As casas terão de 38 a 42 metros quadrados e as creches, de 700 a 1,2 mil metros quadrados, aproximadamente. A MVC fará todo o serviço, da terraplanagem à montagem, o que exigirá a contratação de 5 mil trabalhadores terceirizados.
O sistema construtivo da MVC é feito de painéis modulares de composto plástico e fibra de vidro, que substituem as paredes de madeira ou alvenaria. Eles podem ser combinados de diferentes formas, o que permite a montagem de edificações de tamanhos e usos variados. "O custo das creches será 20% inferior ao de equivalentes de alvenaria. E elas ficarão prontas mais rápido", diz o diretor geral da MVC, Gilmar Lima.
A companhia começa a construir as primeiras unidades em junho, provavelmente em Gravataí (RS), onde a prefeitura já providenciou os terrenos. A MVC tem de concluir 60 creches até dezembro, mas, segundo o executivo, tentará antecipar a entrega para outubro. As outras 990 unidades serão construídas em 2014.
Perspectivas
Em 2013, empresa vai investir R$ 25 milhões e contratar 100 pessoas
As encomendas governamentais de casas e creches serão atendidas por três das nove fábricas da MVC: a principal, em São José dos Pinhais, a de Caxias do Sul (RS) e a de Maceió, que ficará pronta em alguns meses. A empresa vai investir pelo menos R$ 25 milhões neste ano para ampliar sua capacidade de produção, e 60% desse valor será destinado à unidade paranaense.20% ou 30%
Hoje com 900 funcionários, a MVC pretende contratar mais 100 ainda em 2013. Pelo menos 50 deles vão trabalhar na fábrica paranaense, que hoje emprega 650 pessoas. Em 2014, o quadro de pessoal da empresa será ampliado em mais 20% ou 30%, diz o diretor geral, Gilmar Lima.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast