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Com desemprego e queda da renda, poupança registra fuga de recursos pelo oitavo mês seguido

 | RODOLFO BUHRER/Gazeta do Povo
(Foto: RODOLFO BUHRER/Gazeta do Povo)

Pelo oitavo mês seguido, os brasileiros sacaram mais recursos do que depositaram na caderneta de poupança. As retiradas da aplicação mais popular do país superaram os depósitos em R$ 48,2 bilhões nos oito primeiros meses de 2016.

Apesar de um rombo parecido com o registrado no ano passado, a fuga de recursos desacelerou. Há três meses, a saída líquida de dinheiro é menor que a do mesmo mês de 2015. A possibilidade de queda de juros e reativação da atividade podem voltar a tornar a poupança atrativa.

Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (6) pelo Banco Central, os saques diminuíram 0,6% de janeiro a agosto. Isso porque desde junho, a fuga perdeu fôlego com quedas que vão de 40% a 55% dos resgates líquidos.

Em agosto, por exemplo, os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 4,5 bilhões. No mesmo mês do ano passado, a sangria foi de R$ 7,5 bilhões.

Desde o início do ano passado, os saques são recorrentes. A caderneta de poupança manteve-se no vermelho todos os meses com exceção de dezembro do ano passado, quando os aportes aumentaram por causa do 13º salário.

Desvalorização

Com a queda da renda do trabalhador por causa da inflação – que corrói o salário – faltam recursos para poupar. Outro fenômeno ainda contribuiu para a essa saída: o desemprego. Famílias com chefes desempregados são obrigadas a recorrer às economias para fazer frente às despesas do dia a dia.

Quem tem dinheiro para aplicar ignora a poupança, que pede da inflação e busca rendimentos maiores em fundos de investimentos. Isso também contribuiu para o encolhimento da caderneta de poupança.

No entanto, a possibilidade de retomada do crescimento com corte de juros deve alterar esse quadro. Com a queda da Selic, os fundos de investimento ficam menos vantajosos porque pagam menos. A tendência é que haja uma volta para a aplicação popular onde não há cobrança de taxa de administração.

Atualmente, os brasileiros têm R$ 641,1 bilhões na aplicação. Esse valor já chegou a R$ 662,7 bilhões no fim de 2014.

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