A continuidade da entrada de capitais no país evitou a alta do dólar nesta quinta-feira (22), apesar da valorização da moeda norte-americana em um movimento de ajuste em todo o mundo.
O dólar comercial para venda terminou o dia cotado a R$ 1,725, sem variação em relação ao fechamento da véspera.
Ao longo do dia, o mercado de câmbio no Brasil reduziu a alta vista na cotação da divisa no início do pregão desta quinta. Operadores de três corretoras relataram que o mercado assistiu a algumas operações de entrada de capitais com volume acima da média, mesmo com a alíquota de 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) adotada esta semana.
"O volume está um pouco mais acentuado", disse Gabriel Aguilera, operador de câmbio da Flow Corretora. Segundo ele, também colaborou para o desempenho, a percepção otimista por parte de alguns investidores quanto à reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o presidente-executivo da BM&FBovespa, Edemir Pinto.
O executivo tenta convencer o governo a adotar medidas complementares na taxação pelo IOF, como a incidência do tributo na saída dos recursos, e não na entrada, e a permissão para que as margens de garantia sejam deixadas fora do país.
Empresas
Outras notícias também favoreceram a expectativa de que a entrada de dólares no país continuará. A empresa de TV por assinatura Net planeja a emissão de US$ 300 milhões em bônus de 10 anos no exterior, segundo fontes.
Além disso, a companhia aérea TAM lançou operação com o mesmo volume e prazo. O conselho da Natura autorizou, na noite desta quarta-feira (21), a emissão de US$ 350 milhões em debêntures.
As operações no mercado de capitais, como a venda de units do Santander Brasil, foram as principais responsáveis pela entrada líquida de mais de US$ 10 bilhões no país na primeira metade de outubro.
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