O mercado concluiu ontem que terá abundância de milho e escassez de soja de forma mais acentuada do que se previa um mês atrás e valorizou os estoques da oleaginosa. A avaliação partiu da bateria de relatórios divulgados nos Estados Unidos e no Brasil. Com abrangência maior, os números do Departamento de Agricultura norte-americano, o Usda, anularam a influência dos levantamentos da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que reduziram os efeitos da seca registrada no Sul do país.
Na Bolsa de Chicago, referência mundial de cotações, o milho caiu 15 pontos, para US$ 6,25 o bushel (25,4 quilos), e a soja subiu 27 pontos, para US$ 14,52/bu (27,2 quilos) nos contratos deste mês. Em dose homeopática, a tendência foi a mesma no Brasil. No Paraná, o milho caiu 20 centavos, para R$ 20,78, e a soja, apesar das estimativas locais de que a produção é maior do que se pensava, subiu 25, para R$ 56,08 a saca (60 quilos).
Os Estados Unidos devem colher 375 milhões de toneladas de milho (13% a mais que em 2011/12) e 87,2 milhões de toneladas de soja a terceira maior safra da história, mas que não alivia o aperto nos estoques.
A influência do relatório do Usda deve-se também aos números do órgão sobre a safra de soja do Brasil e da Argentina. O órgão reduziu em 3,5 milhões de toneladas a produção dos dois países tirando 1 milhão da colheita brasileira (estimada em 65 milhões) e 2,5 milhões da argentina (42,5 milhões). A produção argentina vem sendo rebaixada também na Europa: o último número do Oil World foi de 41 milhões de toneladas.
No Brasil, apontando aumento de área e produtividade um pouco maior que a esperada, a Conab amenizou os efeitos da seca registrada no Sul. Elevou a produção de soja de todas as regiões na comparação com o relatório anterior, principalmente as de Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Maranhão e Minas Gerais.
A safra nacional de grãos de 2011/12 deve ser de 160,06 milhões de toneladas. O volume é 1,7% inferior ao recorde atingido em 2010/11, de 162,80 milhões de toneladas. Um mês atrás, o recuo previsto era de 2,2%.
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