Os Estados Unidos apresentaram um déficit orçamentário recorde de US$ 956,8 bilhões na primeira metade do ano fiscal de 2009, mais que o triplo do exibido um ano atrás, enquanto os gastos públicos com resgates financeiros e planos econômicos aceleraram, informou ontem o Departamento do Tesouro. Mesmo no feriado de Sexta-feira Santa, os órgãos governamentais funcionaram normalmente nos Estados Unidos, enquanto os mercados permaneceram fechados.
No mês passado, o governo teve um déficit de US$ 192,27 bilhões, recorde para o mês de março. O valor é quase quatro vezes maior que o déficit de um ano atrás, de US$ 48,21 bilhões.
Os gastos com os programas do governo para socorrer Wall Street e a queda na receita tributária, em virtude do colapso econômico, ajudaram a elevar rapidamente o déficit neste ano fiscal, que começou em 1 de outubro de 2008. O gasto bruto com o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês) foi de US$ 2,89 bilhões em março, acumulando US$ 293,37 bilhões no ano até agora. Outros US$ 46 bilhões foram para as financeiras do setor imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac US$ 15,2 bilhões e US$ 30,8 bilhões, respectivamente. Em março de 2008, as despesas não passaram de US$ 227,02 bilhões.
Receitas
As receitas de março caíram drasticamente, à medida que a economia deteriorada diminuiu as receitas em impostos de pessoas e empresas. Elas caíram 28% no último mês, para US$ 128,96 bilhões, ante US$ 178,82 bilhões um ano antes.
Somando-se à ajuda de capital para a Fannie e Freddie, o governo comprou US$ 17,38 bilhões em títulos de hipotecas de empreendimentos custeados pelo governo, marcando um montante de US$ 119,2 bilhões na primeira metade do ano fiscal de 2009, iniciado em outubro.
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