A montadora japonesa Nissan lançou na noite de ontem, em Curitiba, o Livina, seu primeiro veículo de passeio produzido no Brasil na fábrica que a empresa compartilha com a Renault em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Com o novo modelo, a expectativa da empresa é de aumentar em cerca de 44% as vendas no mercado brasileiro das 17.350 unidades vendidas em 2008, para cerca de 25 mil.
Isso porque, com as caminhonetes que a Nissan produz e importa hoje, ela compete em uma faixa que corresponde a 19% do mercado nacional de veículos. Com a produção local de carros de passeio, passará a concorrer mais fortemente em segmentos que respondem por 30% do mercado total brasileiro.
A expectativa, no entanto, considera a manutenção da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O presidente da montadora no Brasil, Thomas Besson, preferiu não fazer projeções considerando a suspensão do benefício. "Nosso otimismo está adequado ao momento atual do país e a um cenário realista para 2009."
O novo modelo é membro da família de carros globais da Nissan para mercados emergentes. Assim, o Brasil junta-se a países como China, Indonésia, Taiwan, África do Sul, Malásia e Filipinas, que também produzem e comercializam o Livina no mundo. Desde 2006, mais de 200 mil unidades de carros da família Livina foram produzidos e comercializados nestes mercados.
No Brasil serão produzidos cerca de 800 carros Livina por mês, pelo menos até dezembro. A expectativa da montadora é de vender cerca de 7,2 mil unidades até o fim do ano.
O Nissan Livina brasileiro será produzido nas versões 1.6, 16V, com transmissão manual e 1.8 16V com transmissão automática. O modelo também marca a entrada da fabricante no segmento de veículos bicombustíveis. O modelo chegará à rede de concessionárias Nissan de todo o país ainda este mês, com custo entre R$ 46 mil e R$ 56 mil.
O outro veículo da família Livina, o Grand Livina, segundo veículo da linha a ser produzido no Paraná, terá capacidade para sete passageiros e seu lançamento está previsto para a metade deste ano. A princípio, toda a produção do veículo será voltada ao mercado interno. Mas a Nissan não descarta exportar o modelo para o mercado latino-americano no futuro.
Sem revelar muitos detalhes, Besson disse também que o próximo passo da montadora deve ser o lançamento de um modelo popular. "Não podemos ter a intenção de ser uma marca forte no Brasil sem um modelo popular."
Aliança
Em 2008, a aliança Renault-Nissan registrou venda de mais de 6 milhões de veículos em todo o mundo. Enquanto o mercado automobilístico mundial registrou queda de 5%, Renault e Nissan anunciam uma retração das vendas de 1,1%.
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