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Com negócios prosperando, site de adultério quer abrir capital na Bolsa

O site gera receita ao cobrar por créditos que os homens utilizam depois para serem apresentados a mulheres | /Reprodução
O site gera receita ao cobrar por créditos que os homens utilizam depois para serem apresentados a mulheres (Foto: /Reprodução)

AshleyMadison.com, um site de encontros extraconjugais, quer sair com investidores para abrir seu capital em Londres neste ano. A empresa controladora do site, que não conseguiu concretizar uma tentativa anterior de abrir o capital no Canadá, disse nesta quarta-feira (15) que pretende arrecadar até US$ 200 milhões para explorar a crescente demanda por seus serviços.

Presente em 46 países, incluindo o Brasil, a AshleyMadison registrou vendas de US$ 115 milhões no ano passado, um aumento de quase quatro vezes em relação a 2009, afirmou Christoph Kraemer, diretor de relações internacionais do site.

O site gera receita ao cobrar por créditos que os homens utilizam depois para serem apresentados a mulheres. De acordo com o site, há mais de 34,36 milhões de usuários anônimos cadastrados. O portal alega ser o segundo maior site virtual de encontros pagos do mundo, atrás do Match.com.

A Avid Life Media, a empresa matriz com sede em Toronto que administra o site AshleyMadison.com, junto com Cougarlife.com e EstablishedMen.com, quer investir os novos fundos em marketing e expansão internacional.

Estratégia

Embora as contas nos EUA correspondam a cerca de 50% dos negócios, Kraemer disse que “a Europa é a única região onde há uma chance real de abrir o capital” porque lá existe uma atitude mais liberal em relação ao adultério.

“Deixamos de ser um nicho, mas tem sido difícil encontrar apoio para a abertura de capital na América do Norte”, acrescentou ele.

A empresa também estabeleceu como meta que de 50% a 60% de suas vendas venham da Ásia até 2020, incluindo o Japão, Taiwan e a Coreia do Sul.

Valor

A Avid Life Media, cujos investidores são americanos ricos que preferem permanecer anônimos, registrou um crescimento de 45% nas vendas no ano passado e uma margem de lucro entre 20% e 25%, de acordo com Kraemer, que disse que a empresa avalia que seu valor seja de US$ 1 bilhão.

A companhia tentou vender ações em Toronto em 2010, mas não houve apetite dos investidores, segundo ele.

“Neste momento, nosso foco é fazer a lição de casa em Londres. É nossa prioridade e nossa segunda tentativa de abrir o capital tem que dar certo. Não queremos repetir o que aconteceu na primeira vez”.

Participação feminina

Conhecido por anúncios provocativos que levam o slogan “Life is Short. Have an Affair” (“A vida é curta. Curta um caso”, no Brasil), o site afirma ter lucrado com uma quantidade maior de mulheres em busca de casos extraconjugais. Por ano, a participação feminina no AshleyMadison.com está aumentando 10% mais rapidamente do que a masculina.

No principal grupo de usuários, da faixa etária de 30 a 45 anos, a proporção de homens e mulheres é de 50-50, de acordo com a empresa.

O site não tem remorsos quanto à natureza de seus serviços e argumenta que até fortaleceu alguns casamentos. “Há histórias de membros a quem ajudamos a devolver o amor ao leito matrimonial e de outros que perceberam que a grama nem sempre é mais verde no jardim dos outros”, disse Kraemer.

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