O dólar negociado no mercado à vista - que é utilizado como referência para as negociações no mercado financeiro - fechou nesta segunda-feira (11) em alta de 0,43%, cotado a R$ 1,958 na venda, após o Banco Central intervir no mercado, segurando a divisa americana acima do nível de R$ 1,95, considerado como o piso de uma banda informal para a moeda. Essa foi a maior alta no fechamento desde 20 de fevereiro, quando a moeda avançou 0,56%, cotada a 1,9660 real na venda.
"O que aconteceu foi exatamente aquilo que o mercado esperava. Em determinado momento, o Banco Central já entrou e sacramentou o dia", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. O BC anunciou que faria um leilão de swap cambial reverso -que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro- pela manhã, quando a moeda americana era negociada a R$ 1,9455 na venda.
Foi a primeira operação desse tipo desde 15 de fevereiro, quando o BC também atuou para conter a queda do dólar após ameaçar testar patamares abaixo de R$ 1,95.
Analistas especulavam se o governo permitiria que a moeda recuasse para abaixo desse nível para conter pressões inflacionárias e baratear importações de bens de capital.
O dólar fechou abaixo do nível de R$ 1,95 pela primeira vez em 10 meses na sexta-feira depois que dados de inflação acima das expectativas aumentaram as apostas em alta da taxa básica de juros, o que tornaria ativos denominados em reais mais atraentes para investidores internacionais.
O dólar comercial -usado para transações entre o Brasil e o exterior, como importações e exportações e remessas de empresas estrangeiras para seus países de origem- registrou alta de 0,51%, cotado a R$ 1,957 na venda.