A crise financeira está atingindo em cheio as empresas japonesas. Só nesta sexta-feira (30), 27 mil cortes em postos de trabalho foram anunciados, depois que a NEC e a Hitachi divulgaram prejuízos bilionários.

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Na NEC Corporation, maior fabricante japonesa de computadores pessoais, pelo menos 20 mil postos de trabalho serão suprimidos. A empresa, que tinha mais de 150 mil funcionários ao final de dezembro de 2008, não informou prazo para os cortes.

Nesta sexta, a empresa informou que deve registrar, em seu balanço que se encerra em 31 de março próximo, seu primeiro prejuízo em três anos. Segundo a empresa, a previsão é encerrar o ano fiscal com perdas de 290 bilhões de ienes (US$ 3,2 bilhões), frente a um lucro de 22 bilhões de ienes um ano antes.

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Dos 20 mil empregos suprimidos, 9,45 mil são na subsidiária NEC Tokin e já haviam sido anunciados na última terça-feira. saiba mais

"Caso o severo ambiente externo continue ou piore, o próximo ano trará desafios sem precendentes à NEC", informou a companhia em comunicado aos investidores.

Perdas na Hitachi

Também no Japão, a fabricante de equipamentos eletrônicos Hitachi anunciou que prevê uma perda de quase US$ 8 bilhões nos lucros no ano fiscal de 2008 que se encerra em 31 de março de 2009, em comparação com o ano anterior. E devido à crise econômica, a empresa anunciou que vai demitir 7 mil funcionários.

Mais cedo, a montadora Honda informou que entre outubro e dezembro de 2008 teve lucro líquido de US$ 226,1 milhões, número 89,9% menor que o registrado no mesmo período do ano anterior. Por conta das perdas, sua unidade do Reino Unido será paralisada por quatro meses e os funcionários entrarão em férias coletivas.

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Mais cortes

Há duas semanas, a Honda, segunda maior fabricante japonesa de automóveis, já havia anunciado a demissão de 3,1 mil funcionários temporários no Japão e um novo corte da produção, em consequência da crise econômica.

Na Nissan, os cortes anunciados no último dia 15 afetarão 500 empregos temporários. Na Toshiba, 4,5 mil ficarão sem emprego até o final de março.