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Terminou na tarde deste domingo (12) a reunião dos países da zona do euro, que realizam uma cúpula contra a crise em Paris. Declaração preliminar, divulgada no início do encontro, afirma que eles estão prontos a dar sua garantia às operações de refinanciamento a bancos até o fim de 2009.

Segundo o documento, os líderes dos 15 países da região discutem nesta tarde um plano com 14 medidas para estabilizar os mercados financeiros.

O plano integral prevê que os governos ofereçam garantias e seguro, comprem papéis de companhias problemáticas, forneçam capital de qualidade para instituições financeiras por meio de ações preferenciais, entre outros instrumentos, e atuem para estabilizar os vencimentos de longo prazo.

O pacote também solicita que o Banco Central Europeu (BCE) crie um instrumento para adquirir papéis comerciais de instituições financeiras e outras companhias e injete recursos em operações com falta de liquidez. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) aprovou um plano semelhante.

Os governantes da zona do euro também querem que o BCE mantenha uma posição flexível para lidar com a crise - o que pode ser interpretado como um pedido para que a entidade relaxe a política monetária, se necessário. A declaração provisória também saúda a participação do BCE na ação conjunta de bancos centrais de todo o mundo, que resultou num corte generalizado de juros na semana passada.

Sem dizer quanto o programa vai custar ou como será financiado, a declaração afirma que os governos serão cautelosos em relação aos interesses dos contribuintes e assegura que os atuais acionistas e dirigentes das empresas, que vierem a ser resgatadas, vão tolerar as conseqüências da intervenção governamental. O documento acrescenta que as companhias que receberem ajuda emergencial serão reestruturadas. Contudo, ainda não está claro se os pontos contidos nesta declaração serão mantidos no texto final da cúpula.

"Os governos continuam comprometidos a evitar qualquer quebra de instituições de importância sistêmica, através de meios apropriados e inclusive recapitalizações", diz a declaração.

Expectativa

"Espero um plano ambicioso, coordenado, que apresente soluções", declarou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pouco antes da reunião.

"Esta reunião tem por objetivo decidir uma ação coordenada comum para a zona euro, para que nos próximos dias cada país possa adotar medidas que estabilizam os mercados financeiros e que não sejam diferentes", indicou por sua vez a chanceler alemã, Angela Merkel.

Esta declaração comum visa coordenar os planos nacionais, inspirados pelas propostas do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que aliam nacionalização parcial dos bancos e garantia dos Estados a empréstimos dos bancos.

O bloqueio deste marcado interbancário está, em efeito, no coração do problema.

Por medo de falência, os bancos não se emprestam mais entre si. Os que não encontram os fundos necessários para equilibrar suas contas podem muito rapidamente entrar em dificuldades, como aconteceu com vários estabelecimentos europeus.

Os bancos resistem também a conceder créditos às empresas e às famílias, ameaçando o conjunto do sistema econômico e financeiro.

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