O Banco Central Europeu (BCE) terá de remover rapidamente suas medidas excepcionais de liquidez, assim que a economia da zona do euro se recuperar, para evitar a alta da inflação, informou Juergen Stark, membro do conselho executivo do órgão, em uma entrevista publicada neste domingo (27).
A decisão do BCE de emprestar aos bancos tanto quanto precisam em suas operações de liquidez "não resulta na inflação agora porque as instituições só tomam empréstimos relutantemente", mas "isso mudará quando a economia se recuperar, afirmou Stark ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. "O banco central, então, terá que reagir muito rapidamente."
Ele observou que o financiamento em larga escala dos governos pelos bancos centrais historicamente levou ao aumento da inflação. "Termina na inflação", declarou Stark. "Não sempre no curto prazo... mas no médio ao longo prazo". Políticos em toda a zona do euro pedem ao BCE que ajude a acabar com a crise de dívida na região, imprimindo dinheiro e intensificando as compras de bônus.
As compras de títulos não levam à inflação no curto prazo porque o banco central drena a liquidez que cria nos seus leilões semanais, afirmou o membro do conselho. Ele alertou ainda que as sugestões de que o BCE deveria adotar temporariamente uma meta de inflação de 4% ou 5%, em vez de 2%, são "fundamentalmente erradas", já que seria muito difícil reverter tal cenário.
Stark aposta que o euro "certamente" ainda existirá em 10 anos, presumivelmente com mais membros do que hoje. As informações são da Dow Jones.
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