O shopping Jockey Plaza ocupará parte do terreno do hipódromo, no Tarumã| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

Febre

Curitiba terá outros três novos shoppings

Além do Jockey Plaza, que deve ficar pronto entre 2014 e 2015, outros três shoppings estão sendo viabilizados em Curitiba.

O Pátio Batel, com investimento de R$ 280 milhões, deve ficar pronto em março de 2013. Com foco nas classes A e B, terá marcas internacionais como a Louis Vuitton e a Tiffany & Co., 110 mil m² e cerca de 30 mil m² de ABL. Serão 2,3 mil vagas de estacionamento, quatro lojas-âncoras e outras duzentas lojas. O investidor é o Grupo Soifer, que tem em seu portfólio os shoppings Mueller e São José, na região metropolitana.

O Shopping Atuba, da incorporadora curitibana Mendocino Participações e Investimentos S.A., será construído na região da Linha Verde Norte, área de expansão imobiliária. O investimento previsto é de R$ 180 milhões em um empreendimento de 51 mil m² e 15 mil m² de ABL. Com foco nas classes A, B e C, o shopping terá quatro âncoras e 170 lojas, e deve ficar pronto em 2014.

Na outra ponta da Linha Verde, no Xaxim, o Park Shopping Boulevard, dos empresários do Shopping Total e do empresário Carlos Massa, o Ratinho, espera ter faturamento inicial de R$ 500 milhões por ano e ficar pronto também em 2014. Serão 350 lojas focadas nas classes B e C, nas proximidades de diversos condomínios residencias em construção.

CARREGANDO :)

Cotado para ser o maior shop­ping de Curitiba, o Jockey Plaza Shopping Center só aguarda o alvará da prefeitura para sair do papel e dar uma opção de compras e serviços a uma região carente de grandes empreendimentos, no bairro Tarumã. Com estimativa de faturamento de R$ 600 milhões anuais, o estabelecimento foi viabilizado pela compra dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Linha Verde, no primeiro leilão realizado na Bovespa, em junho. Com isso, o empreendimento poderá ser construído do tamanho desejado pelos investidores.

O investimento para a construção do shopping, que deve ficar pronto cerca de 30 meses depois da liberação do alvará, não foi divulgado. Entretanto, o arremate de 100 mil títulos (70% do total comercializado) custou ao grupo cerca de R$ 20 milhões. "Os terrenos da região têm um potencial de construção comercial baixo. No terreno do Jockey poderiam ser construído apenas 10 mil metros quadrados, mas o shopping, depois dos Cepacs, vai ter 182 mil metros quadrados de área construída. Vai ser um shopping com tamanho de gente grande", comemora Aníbal Tacla, diretor do grupo Tacla, um dos donos do shopping. A área bruta locável (ABL) será de 63 mil m².

Publicidade

O empreendimento terá essas proporções porque, segundo o estudo de mercado feito pelos investidores, não há muita oferta de serviços na região e a demanda é alta – o plano de negócios estima que a área de influência do novo centro abrangerá 1,35 milhão de pessoas, mais de três quartos da população da capital. "Esses consumidores podem chegar ao shopping em 15 minutos. Com a conclusão da Linha Verde e os investimentos feitos na região com o dinheiro dos Cepacs, o tráfego de pessoas tende a ser grande", explica Tacla.

Os investidores preveem que cerca de 1,2 milhão de frequentadores passarão pelo shopping todos os meses. Pelo tamanho do empreendimento, pela proximidade de cidades da região metropolitana e pelas vias de acesso ao local, o shopping não terá um público específico. "Um espaço desse tamanho não é segmentado. Um empreendimento pequeno consegue segmentar, mas, com esse tamanho, ele vai atender a todos", diz o executivo.

O estabelecimento terá 3,5 mil vagas de estacionamento, 460 lojas, oito salas de cinema e 25 operações de fast-food na praça de alimentação, além de dez restaurantes e espaços para confeitarias e quiosques. Haverá ainda lojas-âncoras, mas Tacla não confirma nem quantas nem quais serão abertas. "Não é porque o terreno é grande que o shopping terá esse tamanho. É porque o estudo de mercado aponta uma forte carência na região."