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MERCADO

Com turbulência na China, dólar fecha acima de R$ 3,20 pela 1ª vez em três meses

O dólar avançou 1,61%, a R$ 3,2338 na venda, maior patamar de fechamento desde 27 de março | Marcos Santos/USP Imagens
O dólar avançou 1,61%, a R$ 3,2338 na venda, maior patamar de fechamento desde 27 de março (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O dólar avançou pela quarta sessão consecutiva e fechou acima de R$ 3,20 pela primeira vez em mais de três meses, com investidores refugiando-se na segurança da moeda norte-americana diante de preocupações com a desaceleração da economia da China, em um movimento intensificado por fatores domésticos.

O dólar avançou 1,61%, a R$ 3,2338 na venda, maior patamar de fechamento desde 27 de março, quando ficou em R$ 3,2405. Nas quatro últimas sessões, a divisa acumulou alta de 4,45%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 700 milhões.

As bolsas de valores chinesas têm protagonizado uma queda livre nas últimas sessões, com empresas correndo para escapar do desastre ao ter suas ações suspensas e os principais índices acionários do país despencando, após o regulador alertar sobre um “sentimento de pânico” apoderando-se de investidores.

“A forte correção nos mercados acionários da China pode ser indício de uma desaceleração mais ampla do gigante asiático e quem deve sofrer com isso são aqueles países exportadores de commodities, como o Brasil”, escreveu em nota a clientes o operador Jefferson Luiz Rugik, da corretora Correparti, no Paraná.

Nesse contexto, o dólar se fortalecia em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano. No Brasil, o movimento foi muito mais intenso, com investidores citando saídas de recursos relacionadas a operações corporativas.

Escalada

Além disso, operadores afirmaram que a escalada da moeda norte-americana nas últimas sessões ativou uma série de operações automáticas de compra de dólares para limitar perdas (“stop-loss”) montadas por investidores no embalo da queda do dólar no mês passado. Em junho, a divisa norte-americana acumulou queda de 2,46% em relação ao real, após ter saltado quase 20% neste ano até o fim de maio.

“O mercado vinha em um movimento de baixa. Uma alta forte como essa faz mais estrago nesses casos, porque pega o mercado de surpresa”, disse o operador de uma corretora internacional, que falou sob condição de anonimato.

A Verde Asset Management destacou no relatório mais recente do Fundo Verde que vê espaço para o dólar subir ainda mais por aqui, considerando como equivocada a avaliação de que o real já corrigiu tudo o que deveria.

Swap

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 1,868 bilhão, ou por volta de 18% do lote de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.

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