A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira que em agosto a bandeira tarifária voltará a ser verde, o que significa que não haverá cobrança extra. Em julho, a bandeira amarela foi acionada depois de 26 meses sem taxas adicionais.
A mudança para a bandeira amarela ocorreu em razão do baixo volume de água nas hidrelétricas, em decorrência da escassez de chuvas no primeiro semestre. Essas usinas costumam responder por 70% da geração de energia no país. Sem chuvas, não há água suficiente para gerar energia, o que leva ao acionamento das termoelétricas, as quais são mais caras para funcionar.
Como não há expectativa de melhora em relação a essas duas questões, a expectativa de especialistas era que a Aneel mantivesse a bandeira amarela em agosto, e que nos meses seguintes a bandeira vermelha ainda possa ser acionada. A previsão de chuvas até dezembro é abaixo da média histórica – em torno de 50%, segundo a Aneel.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, explicou que, no final de junho, houve uma expectativa de menor volume de chuvas para julho, o que se confirmou na maior parte do país. “Porém, o volume de chuvas na Região Sul neste mês contribuiu para a definição da bandeira verde em agosto”, disse.
As classificações por cores variam conforme o custo do sistema para substituir a energia hidrelétrica, com o aumento da geração térmica, que é mais cara.
A bandeira verde não tem cobrança alguma. A amarela determina um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. Com isso, uma conta de luz de R$ 100 passa para R$ 102,60. A bandeira vermelha se divide em patamar 1, cujo valor extra é de R$ 4,46 a cada 100 kWh, e patamar 2, com adicional de R$ 7,88.
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