Começou na manhã desta terça-feira (10) a dragagem emergencial no Canal da Galheta, acesso aos portos de Paranaguá e Antonina, região litorânea do Paraná. A obra durará cem dias e custará quase R$ 30 milhões aos cofres públicos. Segundo a Agência Estadual de Notícias, o canal voltará, depois da retirada de 3,67 milhões de metros cúbicos de sedimentos em seis quilômetros de extensão, a ter as dimensões originais de 200 metros de largura por 15 de profundidade.
Os trabalhos, feitos pela empresa Somar, contratada em caráter emergencial numa consulta de preço que envolveu 11 empresas concorrentes, não deverão atrapalhar a entrada e saída dos navios, sendo que a Capitania dos Portos emitirá comunicados de Avisos aos Navegantes informando sobre trabalhos no canal e os deslocamentos de boias.
A novela da dragagem
Quando assumiu o governo estadual, Roberto Requião revisou todos os contratos do governo anterior, de Jaime Lerner. O contrato de dragagem do Porto de Paranaguá, feito com a empresa Bandeirantes, foi suspenso, deixando o porto um ano sem o serviço, que foi retomado em 2004 após renegociação. O contrato venceu em 2005 deixando o canal sem manutenção regular desde então. Em março de 2006, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) lançou licitação que fracassou por falta de interessados.
Sem dragagem, o canal ficou mais raso, obrigando a Capitania dos Portos do Paraná sucessivamente a diminuir o calado (parte submersa) máximo dos navios com autorização de atracar no porto. Em agosto do mesmo ano, o governo tentou fechar um contrato emergencial, que foi recusado pela Capitania dos Portos, que alegou falhas técnicas e ambientais do projeto. Uma nova licitação foi aberta em dezembro de 2007, com o pregão falhando novamente em fevereiro de 2008.
A Appa foi multada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em agosto de 2008 por não cumprir itens de gestão portuária como o início da dragagem. A multa foi baseada em uma visita dos agentes da Antaq ao porto em outubro de 2007. A dragagem foi incluída em 3 de junho de 2008 no Plano Nacional de Dragagem do governo federal, que prevê a obra para este ano.
No dia 20 de janeiro, durante a Escola de Governo, programa semanal de televisão apresentado pelo governador, Requião anunciou a contratação de uma empresa para fazer a dragagem emergencial. O Canal da Galheta tinha originalmente calado de 15 metros, que hoje está reduzido a 11,30 metros, o que impede o Porto de Paranaguá de receber navios de grande porte.
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