Entrou em vigor nesta sexta-feira (13) a suspensão da venda de 268 planos de saúde de 37 operadoras. A Nossa Saúde, sediada em Curitiba, aparece entre as 37 operadoras que, a partir de sexta-feira, dia 13 de julho, não poderão vender alguns de seus planos de saúde.
A medida, tomada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), é uma punição pelo descumprimento dos prazos de atendimento em vigor desde dezembro de 2011.
A ANS prevê espera de até sete dias para consulta básica (pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia), 14 dias para outras especialidades e três para diagnóstico por laboratório de análises clínicas.
Juntos, esses planos atendem perto de 7% dos quase 50 milhões de beneficiários do país, o que equivale a cerca de 3,5 milhões de pessoas.
As empresas com mais planos atingidos foram Green Line, com 36, e Unimed Paulistana, com 35.
O diretor-presidente da agência, Mauricio Ceschin, disse que a suspensão não prejudicará os clientes atuais dos planos, e que o objetivo é melhorar o atendimento das empresas.
Caso alguma empresa insista na comercialização de um plano suspenso, poderá ser multada em R$ 250 mil.
Em casos extremos, pode ocorrer a transferência da carteira de clientes e o fechamento do plano.
A suspensão foi decidida com base nas reclamações feitas à ANS nos dois primeiros trimestres de vigência da norma. Todos os planos terão a sua performance avaliada novamente em três meses.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a medida tem "caráter pedagógico", não só para as operadoras afetadas, mas para o mercado.