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O índice do desempenho do comércio atacadista e de distribuição no primeiro semestre de 2008 registrou crescimento de aproximadamente 3,5%, divulgou a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), durante a 28.ª Convenção Anual do Atacadista e Distribuidor, realizada nesta segunda-feira (11), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC).

A Abad previa um aumento de até 6,5% no semestre, porém por causa do alto custo da cesta básica o índice não foi o esperado. Até maio deste ano, o resultado acumulado era de 5,2%, mas a variação negativa de 4,7% em junho puxou o índice para baixo.

Segundo o presidente da Abad, Geraldo Eduardo da Silva Caixeta, o resultado do índice não é ruim para o setor, pois de qualquer maneira houve aumento nos negócios. "O resultado do índice é bom, ele ficou acima da inflação semestral", afirma Caixeta.

A alta de preços, em média superiores a 50% em produtos de primeira necessidade nos últimos 12 meses, reduziu o poder de compra das classes de renda mais baixas – onde se concentra a maioria dos clientes do pequeno e médio varejo.

A expectativa de estabilização dos preços podem ajudar a recuperação do setor. "Os preços continuarão mais altos do que no ano passado, mas haverá uma acomodação em um patamar aceitável e com a melhora da renda a tendência é que o consumo aumente", avalia Caixeta.

Segundo ele, o setor atacadista tem papel importante no combate a inflação. "A busca por escala reduz o custo do produto e pode alongar o período de reajuste de preços. Com a competitividade do setor, quem tenta ganhar no preço acaba não vendendo para o varejo", afirma.

A Abad espera que o crescimento do setor seja de 5,5% até o fim do ano, chegando a faturar cerca de R$ 115 bilhões. Segundo a associação, esperava-se que o índice chegasse até 8%, mas a inflação acumulada dos itens que compõem a cesta básica diminui esta expectativa.

Com 2,5 mil estabelecimentos filiados e associados nos 27 estados do país, o setor atacadista emprega diretamente 170 mil funcionários e corresponde a cerca de 5% do PIB brasileiro.

Em 2007, o setor atacadista distribuidor atingiu um faturamento de R$ 105,8 bilhões, com crescimento real de 6,5% e nominal de 10,3%, na comparação com o ano de 2006. O montante significa 53,3% do mercado de consumo do varejo alimentar, que somou R$ 198,5 bilhões em 2007, contra uma participação de 53,1% em 2006, em um mercado de R$ 180,5 bilhões, de acordo com levantamento da Nielsen. Atualmente quase 1 milhão de pontos de venda são atendidos pelos atacadistas distribuidores no país.

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