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Mercado de trabalho

Comércio demite e taxa de desemprego sobe a 5,1%

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A taxa de desemprego subiu para 5,1% em fevereiro nas seis principais regiões metropolitanas do país, refletindo a dispensa de trabalhadores temporários no comércio. No entanto, o resultado ainda foi o menor para o mês desde o início da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em março de 2002, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Não houve geração de vagas no país em fevereiro. A população ocupada foi reduzida em 137 mil trabalhadores no mês. Só o comércio dispensou 111 mil funcionários. Por outro lado, houve aumento no número de pessoas que desistiram de procurar trabalho, o que manteve, mais uma vez, a taxa de desocupação em mínimas históricas.

O país registrou em fevereiro 17,057 milhões de pessoas que não buscaram emprego porque não tinham interesse em trabalhar, um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. "O que a gente vem observando é o crescimento da fatia das pessoas que não estão exercendo pressão sobre o mercado de trabalho por opção", apontou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Mais qualificação

Boa parte dessa população que desistiu de procurar emprego estaria adiando a entrada no mercado de trabalho para investir em qualificação, avaliou o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

"O problema é que o pessoal está buscando qualificação para voltar ao mercado de trabalho, então em algum momento isso vai bater na taxa de desemprego", previu Bentes.

Como a população em idade ativa pressionou menos o mercado de trabalho, houve queda 8,3% na população desocupada em relação a fevereiro de 2013, o equivalente a 113 mil desempregados a menos. Dessa forma, a taxa de desemprego passou de 5,6% em fevereiro do ano passado para 5,1% em fevereiro deste ano.

O cenário é de estabilidade, que deve perdurar ao longo do ano, segundo a economista Mariana Hauer, do banco ABC Brasil. "O mercado de trabalho continua apertado, não tem muito espaço para cair mais a taxa de desemprego", analisou.

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