Rio O comércio varejista brasileiro fechou o primeiro semestre de 2006 com expansão de 5,68% no volume de vendas, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Paraná teve um desempenho abaixo da média nacional, com expansão de apenas 1,32%.
Em junho, porém, o comércio vendeu quantidade menor de produtos por causa da Copa do Mundo, evento que provocou o fechamento de lojas em dias de jogos do Brasil. A retração foi de 0,38%, na comparação com maio. Em relação a junho de 2005, houve alta de 4,08%. No Paraná, o setor cresceu apenas 0,66% em junho, em relação ao mesmo mês de 2005.
Segundo Reinaldo Pereira, economista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, o resultado de junho foi reflexo da Copa, embora o arrefecimento do crédito também tenha contribuído para o desempenho negativo. "Parece que o crédito já atingiu um limite. As famílias estão endividadas", afirmou.
Tanto em junho como no primeiro semestre, o principal impacto positivo veio do ramo de hiper e supermercados e demais lojas de alimentos altas de 1% ante maio e de 7,57% no acumulado do ano. Esse é o setor de maior peso do comércio e o que mais se beneficia do avanço da renda. No primeiro semestre, a renda subiu 4,4% nas seis principais regiões metropolitanas do país.
A inflação baixa, que assegurou boa parte da melhora do rendimento ao ampliar o poder de compra da população, também impulsionou o comércio. Segundo Carlos Thadeu de Freitas, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), preços menores, especialmente de alimentos, puxaram para cima as vendas dos supermercados.
No Paraná, o segmento de supermercados cresceu 2,45% no primeiro semestre. Os melhores desempenhos foram nas áreas de equipamentos e materiais para escritórios (48,7%), artigos de uso pessoal (14,1%) e móveis e eletrodomésticos (10,5%). Houve queda em apenas dois segmenos no primeiro semestre: combustíveis e lubrificantes (-16,7%) e livros, jornais e papelaria (-3,19%).
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