As vendas do comércio on-line movimentaram R$ 1,6 bilhão no período de Natal em todo o Brasil. É um novo recorde para o setor, que deve fechar o ano com movimento de R$ 10,5 bilhões, de acordo com dados da consultoria e-bit.
A consultoria destaca a diferença entre o crescimento nas vendas on-line e o varejo tradicional. Enquanto o comércio eletrônico apresentou uma expansão de 28% entre os dias 15 de novembro e 24 de dezembro, o volume de vendas nas lojas físicas cresceu apenas 6,8% no mesmo período, compara a e-bit com base em dados da Serasa Experian.
Mas a democratização do acesso à internet ainda é apontada como principal entrave para o desenvolvimento do setor. No Brasil, aproximadamente 25% das famílias têm computadores com acesso à internet em banda larga. Ao todo, o país conta com cerca de 60 milhões de usuários, dos quais apenas 17 milhões são "e-consumidores" menos de 9% da população brasileira. "Ainda não estamos nem perto dos países desenvolvidos, onde o índice fica acima dos 50%", aponta o diretor-geral da e-bit, Pedro Guasti.
Mas um fenômeno recente da economia brasileira tem ajudado a impulsionar o comércio eletrônico no país. A crescente entrada da classe C na internet é apontada como o motor do crescimento do varejo online. Segundo estimativas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e), mais de 60% dos novos "e-consumidores" pertencem à famílias com renda mensal até R$ 3 mil, que devem somar quatro milhões de novos usuários neste ano.
EUA on-line
Nos Estados Unidos, após um fraco resultado nas vendas on-line em 2008 como consequência da crise econômica o setor dá sinais de recuperação. Levantamento da consultoria comScore mostra que, estimulados por descontos e promoções, os americanos voltaram às compras.
Apenas na semana encerrada em 29 de novembro, quando se comemora o feriado de Ação de Graças data que abre oficialmente a temporada de compras para o Natal , o gasto dos americanos em compras pela internet chegou a US$ 3,2 bilhões.
A quarta-feira seguinte registrou o novo recorde de vendas online, com US$ 887 milhões gastos apenas naquele dia. Em comparação, esse movimento representa cerca de 8,7% do faturamento anual de todo o setor no Brasil.