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Comércio exterior bate recorde em agosto

Fim dos embarques de soja deve diminuir o ritmo do comércio no segundo semestre. | Appa/Divulgação
Fim dos embarques de soja deve diminuir o ritmo do comércio no segundo semestre. (Foto: Appa/Divulgação)

Brasília - Agosto foi o melhor mês para o comércio exterior brasileiro em 2011, com recordes tanto nas exportações quanto nas importações. O bom desempenho levou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) a elevar a meta de exportação do ano de US$ 245 bilhões para US$ 257 bilhões. O ministério anunciou ontem, pela primeira vez, a previsão de superávit comercial neste ano: US$ 27 bilhões, acima das estimativas do mercado e do Banco Central.

As vendas externas somaram em agosto US$ 26,2 bilhões e as importações, US$ 22,3 bilhões, os melhores resultados mensais da história. O saldo comercial no mês passado ficou positivo em US$ 3,9 bilhões, o maior valor para agosto desde 2006, quando foi de US$ 4,6 bilhões. No acumulado do ano, o superávit chegou a US$ 19,96 bilhões, o maior dos últimos três anos para o período, e muito próximo ao valor alcançado em todo o ano passado (US$ 20,2 bilhões).

Se os cálculos do MDIC para a balança comercial se concretizarem, exportações, importações e corrente de comércio baterão novo recorde histórico neste ano. No acumulado em 12 meses, encerrados em agosto, a corrente de comércio já atingiu a cifra inédita de US$ 456,5 bilhões. "É um novo patamar do comércio exterior brasileiro nas duas frentes", afirmou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Mas o secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, disse que tradicionalmente há um arrefecimento do comércio no segundo semestre, em função de sazonalidades como acomodação de estoques das indústrias e o fim do embarque da safra de soja.

Os dados da balança comercial mostram, entretanto, que os resultados recordes das exportações foram impulsionados mais pelo aumento dos preços internacionais do que pela ampliação do volume embarcado para o exterior. Além disso, os produtos manufaturados estão perdendo espaço. A participação na pauta exportadora caiu de 39,7% entre janeiro e agosto de 2010 para 36,1% no mesmo período deste ano. Os básicos foram o que mais ganharam espaço na pauta, aumentando a participação de 44,3% de janeiro a agosto de 2010 para 47,8% nos oito primeiros meses de 2011.

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