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Movimento discreto nas lojas: alguns lojistas disseram que o fluxo parecia o de um dia normal | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Movimento discreto nas lojas: alguns lojistas disseram que o fluxo parecia o de um dia normal| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Exceção

Enquanto vizinhos lamentam, livraria está perto da meta

Enquanto o comércio de roupas, sapatos e acessórios está parado, a unidade da Boca Maldita das Livrarias Curitiba está caminhando em direção à meta.

Para o gerente Sandro Costa, o que ajuda é a variedade de itens e a faixa de preço da loja. "Temos produtos de R$ 9,90 a R$ 2 mil, como é o caso dos eletrônicos. Nossa meta é crescer 12% e estamos em 7% por enquanto", cita.

Livros infantis e infanto-juvenis são os que mais saem como presentes. "Nosso melhor dia de vendas foi a sexta-feira (20) e para as unidades de shopping, o sábado (21)", compara Costa.

O calçadão da Rua XV de Novembro está cheio, mas as sacolas não: 2014 foi um mau ano para os comerciantes, que reclamam da queda de vendas no último fim de semana antes do Natal.

"O movimento está fraco, como se fosse de um dia normal. Às vezes a loja enche no dia 24 de dezembro, mas não tem como salvar o mês com as vendas de um dia", comenta Lucileia Souza, gerente da loja de calçados Luk.

O sentimento dela é o mesmo de outras gerentes do segmento de vestuário. "No ano passado as vendas eram de até R$ 600 por pessoa. Este ano não chegou a R$ 300 por pessoa", reclama Thaís Camargo, da Squalle Moda Feminina. Para os lojistas, o fluxo de clientes caiu pela metade e o faturamento, cerca de 15%. O que mais se ouve dos comerciantes é que "ano passado foi ruim, mas este ano está péssimo".

Lembrancinhas

Em vez de presentes, as pessoas estão comprando mais coisas para si ou lembrancinhas. "Tivemos uma baixa de mil clientes até agora, mas o tíquete médio aumentou. No ano passado gastavam R$ 84 por pessoa, neste ano, R$ 90. Mas não vamos bater o volume de 2013, ainda estamos 17% atrás do faturamento do mesmo período", lamenta Karen Bueno, gerente da loja O Boticário da Galeria Minerva. Uma das formas que ela encontrou para incentivar a venda de produtos foi posicionar perto do caixa kits de cosméticos com preços entre R$ 27 e R$ 81.

Na Hering, a aposta foi montar uma vitrine com peças mais em conta. Muitos dos clientes compram uma peça básica de R$ 21,90 como presente e poucas levam mais que um produto para si mesmas.

A família da analista de compras Flávia Oliveira de Souza se programou para sair no domingo e liquidar as compras necessárias para o fim de ano. Com quatro sacolas de lojas diferentes em mãos, Flávia disse que desembolsou metade do gasto do ano passado.

"Estamos comprando o básico para nós: roupas para o dia da ceia, um presente para a madrinha da minha filha e só. Nem passamos por shopping ou lojas de bairro porque lá é mais caro", contou.

O casal Márcia Mudial e Edson Luis não deixou de comprar presentes para ninguém. Mas, segundo eles, os preços estão mais altos em 2014.

Na loja Frischmann’s Moda Masculina, as camisas polo custam o mesmo que em 2013 – R$ 39,90 –, mas o faturamento em dezembro caiu 30% em relação ao mesmo período do ano passado.

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