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Comissão do Senado aprova quatro nomes para a diretoria do Banco Central

Os quatro indicados para a diretoria do BC, junto da senadora Gleisi Hoffmann, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos | Edilson Rodrigues/Agência Senado
Os quatro indicados para a diretoria do BC, junto da senadora Gleisi Hoffmann, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (5) o nome dos quatro novos indicados para a diretoria colegiada do Banco Central. As indicações devem ser votadas ainda nesta terça pelo plenário da Casa.

Isaac Sidney Ferreira, atual procurador do BC, deve ser o novo diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania. Foi o mais votado, com apoio de 25 senadores.

Tiago Berriel (Diretoria de Assuntos Internacionais) e Carlos Viana de Carvalho (Diretoria de Política Econômica) tiveram 24 votos cada.

Reinaldo Le Grazie (Diretoria de Política Monetária) recebeu 22 votos. A resistência ao seu nome foi maior por dele ser oriundo da Bram (Bradesco Asset Management), mesma instituição pela qual passou Joaquim Levy antes de assumir o Ministério da Fazenda.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), por exemplo, disse que votaria a favor dos outros indicados, mas contra Le Grazie, por esse motivo.

Outro senador que divulgou abertamente o voto foi Roberto Requião (PMDB-PR), que se declarou contrário a todas as indicações.

Defesa

Em suas apresentações, os indicados para o BC defenderam um sistema de câmbio parcialmente flutuante, com intervenções moderadas da instituição, medidas na área fiscal, como o projeto para teto do gasto público, e o combate à inflação por meio do uso da taxa básica de juros.

Questionado sobre juros bancários, Le Grazie afirmou que seria possível agir com rapidez na questão das garantias para tentar reduzir essas taxas. Ele deu como exemplo o que ocorreu a partir da introdução do crédito consignado no país.

Disse ainda ser contra a liberação dos depósitos compulsórios que os bancos mantém no BC para injetar recursos na economia neste momento. “Não há tanta demanda por crédito que fizesse sentido a liberação. Compulsório nem sempre vira crédito.”

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