O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, pediu ao primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, que financie as medidas anunciadas para impulsionar o crescimento de modo a cumprir o objetivo de déficit estabelecido para o país em 2013: abaixo de 3% do PIB.
O chefe do Executivo comunitário se mostrou "muito confiante de que será possível, levando-se em conta que agora a Itália detalhou as medidas que pensa tomar, sair do procedimento iniciado por déficit excessivo".
"Mas isso, por sua vez, depende agora da apresentação em termos concretos dos planos do novo Governo italiano. Não pudemos detalhar isso hoje", precisou Barroso em entrevista coletiva junto a Letta em Bruxelas, onde recebeu pela primeira vez o novo dirigente italiano.
"No referente às novas medidas de crescimento anunciadas pelo primeiro-ministro, acreditamos que o Governo as financiará de maneira crível a fim de manter o déficit abaixo dos 3% do PIB em 2013", indicou Barroso.
Além disso, expressou a esperança de que a Itália "alcance e mantenha uma equilibrada posição orçamentária em termos estruturais, o que é essencial para posicionar uma alta dívida em um caminho de diminuição constante".
Letta, que hoje conclui em Bruxelas a viagem de apresentação que também o levou a Berlim e Paris, assegurou que "volto a Roma mais otimista do que quando parti e levo uma série de ideias".
Perguntado se solicitará ao Executivo comunitário mais tempo para cumprir o objetivo de déficit, Letta explicou que "a ideia é manter nossos compromissos e insistir na necessidade de fazer com que nosso país cresça, que haja medidas sociais que façam frente especialmente ao desemprego entre os jovens".
"Tudo isto dentro dos limites que temos", finalizou.
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