A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a recém-criada Comissão Mista do Complexo Portuário, encabeçada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PR), já entraram em conflito. A comissão foi instalada com o objetivo de fazer um diagnóstico dos portos paranaenses. O grupo é composto por representantes de várias entidades, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). A Appa não indicou um nome para a comissão, o que gerou descontentamento do Crea.

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Segundo o superintendente da Appa, Eduardo Requião, a comissão seria um "lobo em pele de cordeiro". "Sugestões para melhorar os portos serão aceitas. Lobby de interesses privados, não", declarou na quinta-feira. Ontem o presidente do Crea-PR, Álvaro Cabrini, lamentou a "incompreensão do superintendente" e as declarações de que os arquitetos, engenheiros e agrônomos estariam tentando fazer lobby por meio da comissão.

Cabrini defendeu a independência do Crea e lembrou que a entidade tem um histórico na luta pela manutenção de empresas na mão do estado, como foi o caso da Copel. "O Crea é uma entidade paranista e não se furtará de suas obrigações e, portanto, contribuirá com sugestões técnicas para o desenvolvimento sustentável do Paraná", afirmou, por meio da assessoria de imprensa. Apesar das rusgas, Cabrini disse que pretende conversar novamente com Eduardo Requião no início de janeiro. A Appa confirmou que não indicou nenhum nome para a comissão, mas não quis comentar as declarações de Cabrini.

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