A Amazon deve se tornar o primeiro negócio americano de tecnologia a atingir o valor de mercado de US$ 1 trilhão. E a questão não é mais se, de fato, a companhia fundada por Jeff Bezos conseguirá atingir essa marca história.O ponto de discussão é quando. As expectativas apontam que a empresa pode chegar lá em dois ou cinco anos, ultrapassando rivais como Apple, Google, Facebook e Microsoft. Em se tratando da gigante do comércio eletrônico, não é de se duvidar.
Muito mais que e-commerce: conheça os tentáculos da Amazon pelo mundo dos negócios
A Amazon começou como uma pequena livraria virtual em 1994 e em pouco tempo virou o maior site de comércio eletrônico do mundo. Hoje, a cada dólar gasto pela internet nos Estados Unidos, metade vem da Amazon.com. Mas a ascensão do Google no início dos anos 2000 mostrou a Bezos que sua empresa precisaria ser mais do que uma varejista on-line para continuar a cumprir sua missão de elevar os padrões de todas as indústrias do mundo. Ela precisaria se transformar em uma empresa de tecnologia.
Baseado nos mesmos três pilares desde a fundação da Amazon - foco no consumidor, visão de longo prazo e gosto por inventar -, Bezos está cada vez mais perto de atingir seu objetivo. Nos últimos anos, a Amazon ampliou os seus tentáculos pelo mundo e, em um círculo virtuoso, vem criando diversos negócios para alimentar o seu carro-chefe, o e-commerce, e para entrar em novos mercados que fortaleçam a sua atuação como empresa de tecnologia.
O mais importante deles foi o lançamento do Amazon Web Services (AWS) em 2006, serviço de computação em nuvem que já é líder mundial em seu segmento. Segundo Mark Mahaney, diretor da RBC Capital, o AWS deve crescer a taxa de 40% nos próximos cinco anos, enquanto o e-commerce a 20%. Já a Barclays afirma que o serviço de nuvem da Amazon começa, agora, a dar os primeiros passos rumo a virar, sozinho, um negócio de US$ 100 bilhões.
A Amazon é uma das empresas mais valiosas do mundo, com valor de mercado de cerca de US$ 400 bilhões. Seus negócios vão desde sites de comércio eletrônico e serviços de computação em nuvem a dispositivos eletrônicos, foguetes, jornais e lojas físicas. No ano passado, a companhia atingiu US$ 136 bilhões em vendas e lucrou US$ 2,37 bilhões.
Para este e o próximos anos, há ainda, como diz Jeff Bezos, muito a ser inventado. “Muita coisa nova ainda vai acontecer. Ninguém faz ideia do impacto que a internet produzirá e de que em muitos aspectos estamos apenas no primeiro dia”, diz a placa colocada na porta de entrada da sede da Amazon em Seattle, nos Estado Unidos, e assinada pelo seu fundador.