O anúncio do maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil, feito pela Oi, gerou dúvidas sobre a continuidade da prestação de serviços da operadora. Em todo o país, a companhia tem cerca de 70 milhões de clientes, mais de 16 mil colaboradores diretos e 125 mil terceirizados.
Siga a editoria de Economia da Gazeta do Povo no Twitter
De acordo com a Oi, a recuperação judicial permite à companhia manter a operação normal da prestação de serviço para clientes de todos os segmentos: varejo; mercado empresarial; corporativo; e de atacado, incluindo outras operadoras de telecomunicações.
Segundo um comunicado da empresa, a Oi “continuará trabalhando para conquistar novos clientes, mantendo suas vendas de serviços e produtos em todos os seus canais de distribuição e atendimento. As atividades de instalação, manutenção e reparo também continuarão sendo desempenhadas prontamente”.
A advogada Sônia Amaro, supervisora institucional da Proteste, reforça que a Oi continua com os mesmos deveres de prestar serviço para o consumidor – como telecomunicação é um serviço público e essencial, ele não pode ser descontinuado pela companhia, a não ser em caso de falta de pagamento do usuário. É bom lembrar, esclarece Sônia, que o cliente deve continuar pagando suas contas.
Investimentos
Além de garantir a manutenção dos serviços, a empresa afirma que durante o processo de recuperação judicial tem a intenção de continuar investindo no país.
“Com seu orçamento aprovado para 2016, a Oi mantém sua intenção de continuar aplicando recursos em projetos estruturantes. O objetivo é promover melhoria de qualidade na prestação dos serviços, de forma a continuar levando os avanços tecnológicos, alto padrão de atendimento e inovação aos seus clientes”, afirma o comunicado.
No mesmo documento, a companhia garante que toda a força de trabalho manterá normalmente sua atuação, com suas atividades comerciais, operacionais e administrativas. Além disso, as obrigações trabalhistas e benefícios aos funcionários serão mantidos.