A Petra Energia, sétima maior compradora de blocos de petróleo e gás na 11ª rodada da ANP (Agência Nacional do Petróleo), com 28 blocos, decidiu devolver nove blocos comprados no leilão, para concentrar esforços nas bacias de Tucano e Pernambuco-Paraíba.

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Os blocos na bacia de Tucano foram comprados sozinhos pela empresa, enquanto na bacia Pernambuco-Paraíba a Petra fez parcerias, ficando com 70% dos blocos.

Em dois blocos, a Queiroz Galvão ficou com 30%. Nos outros dois, a sociedade foi fechada com a canadense Niko Resources.

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Segundo a diretora corporativa da Petra, Ana Bizzotto, os bônus foram pagos dentro do prazo estabelecido pela ANP (30 de agosto), com todas as obrigações de pagamentos de bônus e entrega das garantias para os 15 blocos na bacia do Tucano Sul, com 100% de participação, bem como para todos os 4 blocos com 70% de participação na bacia Pernambuco-Paraíba.

A Petra teria que pagar R$ 111 milhões pelos 28 blocos. Com a devolução dos 9 blocos na bacia do Parnaíba, a conta caiu para R$ 50 milhões.

A diretora afirmou que até o dia 17 de setembro os 19 contratos serão assinados, conforme determinação da ANP.

Segundo Ana, a empresa desistiu dos blocos comprados na bacia do Parnaíba depois que os resultados da rodada realizada em maio indicaram uma distribuição excessivamente fragmentada, que não atendeu à estratégia da empresa e de seus investidores.

"Esta excessiva fragmentação da bacia no contexto da exploração de nova fronteira não atende ao modelo adequado para nossa estratégia", explicou a diretora.

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A empresa informou também que vai continuar a exploração que conduz na bacia do São Francisco, onde já notificou a ANP sobre a existência de gás.

O grande apetite da Petra chamou a atenção no último leilão da agência. Empresa de capital fechado, a Petra foi criada em 2008 pelo grupo STR Recursos Naturais, que tem como sócios a STR Projetos e Participações (99%) e Vincent Parkin (1%).

À frente da companhia está o empresário pernambucano Roberto Viana, um discreto controlador que representa o oposto do seus sócio na bacia do Parnaíba, Eike Batista, apesar de ter seguido a mesma estratégia de devolução dos blocos, por motivos diferentes.

Sem caixa, a OGX devolveu à ANP nove dos 13 blocos adquiridos na 11a rodada. A empresa luta contra o tempo para reestruturar sua pesada dívida com credores, a fim de evitar uma possível recuperação judicial.

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