
O curitibano e o morador da região metropolitana da capital paranaense foram os que mais sentiram a alta dos preços em 2011: a região registrou alta de 7,13% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o maior avanço entre 11 capitais pesquisadas pelo IBGE. A média nacional ficou no limite superior da meta estabelecida pelo Banco Central, em 6,5%. Como pode ser visto no gráfico abaixo, um dos grandes vilões da inflação para os curitibanos foi a alta no valor da alimentação fora de casa, que subiu 16,20%. Na média, um prato que custava R$ 20 em 2010, saiu por R$ 23,20 no ano passado. Se contabilizados os 260 dias úteis do ano, a diferença no preço de uma refeição diária fora do domicílio foi pouco maior que R$ 850. Em todo o país, o IBGE pesquisa os preços de uma lista de 394 produtos e serviços, divididos em nove grandes áreas. O peso de cada item na inflação é determinado pela Pesquisa do Orçamento Familiar de 2002-2003, que mapeou os hábitos de consumo dos brasileiros e o impacto dos produtos e serviços nos orçamentos das famílias. No quadro abaixo, você pode conferir a importância de cada produto ou serviço no cálculo da inflação em Curitiba quanto maior o tamanho do retângulo, maior o peso e a variação anual dos preços de cada item pesquisado.
Entenda o gráfico
TAMANHOS: a área de cada retângulo é equivalente ao peso do item no cálculo da inflação. Ou seja, o Automóvel usado tem maior peso que Conserto de automóvel no cálculo da inflação.
CORES: a cor do retângulo representa quanto a inflação daquele item variou em 2011. Itens mais vermelhos subiram mais, itens mais azuis caíram mais.
ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS: 8,96%Ao costelão, já! alívio para os carnívoros em geral: as carnes, que em 2010 tiveram aumentos entre 23% e 30%, se comportaram bem melhor em 2011. O maior aumento foi o da carne de porco (4,16%). O contrafilé ficou até mais barato (-0,63%)!
TRANSPORTES: 6,95%As passagens aéreas, que em 2010 haviam subido apenas 3,45%, foram as campeãs de alta no ano passado o preço aumentou 57,16% em 2011.
HABITAÇÃO: 7,99%
DESPESAS PESSOAIS: 9,98%
SAÚDE E CUIDADOS PESSOAIS: 6,84%
EDUCAÇÃO: 7,78%O grupo Educação, um dos nove grandes grupos que compõem o IPCA, terá bem menos impacto em 2012: por causa de um novo cálculo feito pelo IBGE, seu peso no índice vai cair quase 40% neste ano, em comparação com 2011.
VESTUÁRIO: 4,21%Em 2011, apenas quatro itens medidos pelo IBGE não variaram de preço em Curitiba e região: o par de tênis, o táxi, as multas e o jornal diário.
COMUNICAÇÃO: 2,04%
ARTIGOS DE RESIDÊNCIA: -1,35%Dos dez itens que mais caíram em Curitiba no ano passado, cinco são eletroeletrônicos: televisor (-21,17%, a maior queda na cidade), telefone (-16,73%), aparelho de som (-16,49%), microcomputador (-15,56%) e aparelho de DVD (-13,29%). Uma das explicações é o fato de esses produtos ficarem "velhos" rapidamente, sendo substituídos por novas tecnologias, forçando as lojas a "desovar" os estoques.