Para se adaptar à chegada de André Heitor, a Denso obteve ajuda da Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu), que auxilia empresas que querem contratar trabalhadores com deficiência. "O problema é que eles sofrem um estigma muito forte da sociedade, parecem até deficientes sociais. A gente sempre fala que eles não podem fazer tudo, mas fazem bastante. Agora que as empresas tiveram boas experiências estão contratando mais", explica a presidente Andréa Koppe.

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De acordo com ela, os deficientes mentais têm restrições para o trabalho, exigem paciência dos colegas e são mais sensíveis a críticas, mas geralmente demonstram comprometimento, produtividade e sociabilização altos.

Andréa também é coordenadora de recursos humanos da Electrolux no Brasil, empresa que aposta na inclusão dos portadores de deficiência mental. Ela conta que os funcionários especiais demoram um pouco mais para aprender, mas que, depois que aprendem, viram especialistas no assunto. "Uma vez o departamento de engenharia trocou uma peça de lugar mas eles colocavam no mesmo lugar por achar que havia um erro no projeto."

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Quem incentivou André a procurar um emprego foi a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional. De acordo com a diretora da unidade do bairro Bacacheri, Jádina Fontana, as empresas começaram recentemente a procurar mais portadores de deficiência mental para seus quadros de pessoal. "Elas ligam para cá e pedem. O problema é que elas querem alguém perfeito, geralmente com deficiência mental leve. Se a pessoa é um pouco mais comprometida, há preconceito", lamenta.

Ela explica que o portador de deficiência pode ter dificuldades de socialização, locomoção, fala e raciocínio. Na fundação, é feito um trabalho de auxílio. "Eles têm seus limites, mas podem fazer muita coisa." (MS)

Serviço: Unilehu – (41) 3333 6921– www.unilehu.org.br; Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional – (41) 3111-1800 – www.fepe.org.br