Reflexos
Com decisão, região fica, por hora, sem voos regulares
Azul e Trip preferiram se manifestar apenas por nota. O presidente da Cettrans, Paulo Porsch, no entanto, disse ter recebido um telefonema do diretor de relações institucionais das companhias, Victor Celestino, que confirmou presença em Cascavel ainda nesta semana para apresentar um novo planejamento das companhias que juntas possuem 14 voos diários na cidade, entre pousos e decolagens.
A Cettrans afirma que, em média, a ocupação dos assentos em voos que saem de Cascavel é de 85%. Somente no mês passado, mais de 20 mil passageiros embarcaram e desembarcaram no aeroporto da cidade.
Com a suspensão, Cascavel ficará sem voos regulares. A Passaredo vai retomar os voos suspensos em julho a partir do dia 12 de novembro.
Em nota assinada por oito entidades representativas da sociedade, entre elas a Fiep e Associação Comercial de Cascavel, lideranças pediram uma solução rápida para o impasse e lastimaram a suspensão dos voos. "Pede-se aqui que as autoridades diretamente envolvidas no assunto e as direções das empresas aéreas cheguem a um entendimento sobre o aeroporto, e que então busquem-se as medidas adequadas para a solução do problema", diz o documento.
Para as entidades, Cascavel e a região Oeste do Paraná "precisam contar com um transporte aéreo eficiente, competitivo e principalmente seguro".
Há duas semanas, a Anac abriu um processo administrativo contra a Trip Linhas Aéreas para investigar o uso de um procedimento de pouso não autorizado, considerado de "alto risco" pelo órgão. A Trip não quis comentar sobre o processo. (LCC)
Cascavel - Três dias após um incidente durante o pouso de uma aeronave da Azul Linhas Aéreas no aeroporto de Cascavel, a empresa anunciou que a suspensão temporária dos voos para a cidade do Oeste do Paraná. A suspensão atinge também os voos da Trip, companhia que pertence ao mesmo grupo de aviação da Azul.
Na tarde de sexta-feira (28), um avião teve dificuldades em pousar por causa dos ventos fortes e saiu da pista, assustando os 49 passageiros. O piloto só conseguiu aterrissar em uma segunda tentativa. Em agosto, uma aeronave teve problema na hora da decolagem e o vento também foi apontado como fator determinante.
As duas companhias se pronunciaram por meio de nota e alegaram questões de segurança operacional. "No momento, as empresas estão realizando avaliações técnicas das condições operacionais no referido aeroporto, de maneira a preservar níveis adequados de segurança operacional". Ainda de acordo com as empresas, não há data definida para a retomada dos voos. A nota lamenta os transtornos causados e diz que os clientes com passagens compradas estão sendo "reacomodados" conforme resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O presidente da Companhia Cascavelense de Engenharia de Transporte e Trânsito (Cettrans), Paulo Porsch, lamentou a decisão repentina das empresas em suspender os voos. "Fui pego de surpresa, do mesmo jeito que a comunidade também foi", disse.
Porsch disse que o incidente de sexta-feira e a velocidade do vento na hora do pouso da aeronave ATR-72 não justificam a paralisação dos serviços. Segundo ele, o aeroporto tem condições de operar com ventos de até 35 nós cerca de 65 km/h. No momento do pouso os ventos eram de 55 km/h.
Segundo Porsch, cinco minutos antes do incidente um avião do mesmo modelo havia pousado e 15 minutos depois ocorreu outra aterrissagem de um ATR-72. "Não podemos atribuir exclusivamente ao vento aquele episódio. Dizer que há falta de segurança operacional no aeroporto de Cascavel é uma precipitação", ressalta.
Em 35 anos de operação este é o quarto incidente no aeroporto de Cascavel que será investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Dois foram investigados em 2010 e outro em 2004. Segundo Porsch, este é o primeiro em que o fator vento é apresentado como possível causa.
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