A competição com produtos importados e no mercado externo prejudicou a indústria no primeiro trimestre deste ano. Isso explicaria em parte o resultado negativo da indústria têxtil, artigos de vestuário e máquinas para escritório e equipamentos de informática, por exemplo, afirmou a gerente da coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis.

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Por outro lado, o segmento de bens de capital contribuiu para que a indústria de transformação não tivesse um resultado pior no primeiro trimestre deste ano do que a queda de 1,4%, em comparação a igual período do ano passado. Palis avalia que o resultado positivo apresentado pela indústria automotiva, relacionado à produção de caminhões; de equipamentos de transporte, que inclui embarcações e aviões; e de máquinas e aparelhos elétricos é um indicativo de investimento por parte da indústria e do setor agropecuário.

O investimento em bens de capital pode ser interpretado como um início de recuperação da economia, porém, há também uma base de comparação favorável, já que o investimento em máquinas e equipamentos foi ruim no ano passado, ressaltou Rebeca.

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Bens de capital

Já o resultado positivo do segmento de bens de capital no primeiro trimestre deste ano, comparado a igual período do ano passado, foi motivado pelo câmbio e por políticas públicas, como as condições de crédito favoráveis concedidas, principalmente, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ressaltou Palis. O segmento também foi favorecido pelas taxas de juros, base de comparação favorável e aumento da demanda.