O primeiro leilão de transmissão de energia deste ano foi marcado pelo baixo número de propostas e a competição morna entre os grupos. Quatro dos 10 lotes ofertados no certame ficaram sem propostas. Na metade dos lotes concedidos, os vencedores conseguiram arrematar as propostas com oferta única ou seja, não enfrentaram disputa com os concorrentes habilitados, pois não houve proposta.
Entre os motivos pela baixa concorrência, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) cita a ausência das estatais federais, que foram impedidas de participar devido a uma nova regra que proibiu vitória de grupos com projetos em atraso. Furnas, Chesf e Eletronorte tinham interesse nos trechos, inclusive aquelas que ficaram sem oferta. Outras brasileiras tradicionais do setor, que foram habilitadas a participar do certame, também não arremataram nada. Entre elas estão a Copel e a Taesa, empresa de transmissão da estatal mineira Cemig.
Espanhóis
Os espanhóis da Abengoa lideraram as conquistas do leilão, com vitória de 3 lotes. Os trechos concedidos somam cerca de 2.500 quilômetros em linhas de transmissão distribuídas por quatro Estados (Piauí, Ceará, Pernambuco e Maranhão). Eles ficaram com o maior lote, de 1.761 quilômetros entre Pará e Tocantins, e uma subestação, que garantem uma receita anual de R$ 197,4 milhões ao grupo, 5,02% inferior ao valor máximo permitido.
No leilão, ganhava a concessão quem oferecesse o maior desconto sobre o valor de receita máximo permitido, estabelecido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Além da Abengoa, os consórcios Gilbués, Isolux e Neoenergia também arremataram projetos.
Os trechos que não receberam propostas serão reestruturados e devem ser incluídos nos próximos leilões. Um certame com oito lotes está previsto para junho. A Aneel terá três opções para os lotes em que não houve interesse: revisar o valor da receita, o prazo para obra ou combinar trechos de menor escala com outros maiores.
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