As vendas de títulos públicos para pequenos investidores pela internet bateram recorde no mês passado. Segundo dados do Tesouro Direto, foram vendidos R$ 183 milhões em títulos em julho. O recorde anterior (R$ 128 milhões) era de janeiro deste ano. O número de investidores cadastrados no sistema, que era de 103 mil no fim de 2007, chegou a 126,8 mil. O governo tem hoje R$ 1,8 bilhão dos títulos da dívida pública na mão desses aplicadores.
Os papéis mais vendidos em julho foram a NTN-B e a NTN-B principal (41% das vendas), com diferentes vencimentos, que pagam uma taxa de juros prefixada mais a correção da inflação medida pelo IPCA. O valor médio por operação foi de R$ 18 mil, mas 60% dos investimentos foram de até R$ 5 mil.
Rentabilidade
Em relação à rentabilidade, os títulos prefixados NTN-F com vencimentos em 2017 e 2014 apresentaram retorno de 6,04% e 5,05% no mês, respectivamente. No acumulado dos últimos 12 meses, as rentabilidades da NTN-C 2011, NTN-C 2021 e NTN-C 2017 foram de 19,08%, 15,82% e 14,93%, respectivamente. Esses papéis, corrigidos por juros mais IGP-M, não estão mais sendo vendidos pelo governo.
É importante lembrar que os títulos comprados no Tesouro Direto podem ser revendidos ao governo independentemente da sua data de vencimento. Os resgates são feitos pelo Tesouro sempre às quartas-feiras. Para investir no Tesouro Direto é preciso estar cadastrado em algum banco ou corretora de valores. O desempenho da aplicação depende também da taxa cobrada por cada instituição.
Algumas não cobram nada. Os grandes bancos, em geral, têm as taxas mais caras. A lista pode ser vista no site do Tesouro (www.tesouro.fazenda.gov.br).
O valor mínimo de aplicação equivale a 20% do preço de qualquer título. Hoje, o título mais barato é vendido por cerca de R$ 600 e o mais caro, por R$ 3,5 mil.