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Compras on-line avançam no Paraná

Experiência de cliente ajudou Stefania a criar loja virtual com a irmã. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Experiência de cliente ajudou Stefania a criar loja virtual com a irmã. (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Entrar em uma loja física e passear entre as prateleiras em busca de um celular ou kit de maquiagem está se tornando uma tarefa cada vez mais rara para parte dos paranaenses. Na esteira do boom do comércio on-line, que cresceu 24% no ano passado e alcançou um faturamento de R$ 35,8 bilhões, sites que vendem produtos e serviços ganham espaço na preferência dos consumidores do estado. Segundo levantamento feito pela Paraná Pesquisas a pedido da Gazeta do Povo em mais de 60 municípios, 35,7% dos paranaenses costumam fazer compras pela internet.

O porcentual de adeptos do e-commerce no estado é maior do que a média nacional. Conforme dados do relatório WebShoppers 2015, da E-bit, cerca de 30% da população do país já fez alguma compra on-line – 51,5 milhões de pessoas fizeram ao menos um pedido pela internet em 2014.

No Paraná, apesar de a maioria dos entrevistados ter afirmado que nunca recorreu a sites para adquirir produtos, aqueles que já o fizeram mostram que o consumidor on-line do estado é um cliente assíduo e contente com a qualidade do serviço prestado.

Segundo a pesquisa, 65% dos entrevistados recorrem à internet pelo menos uma vez a cada seis meses. Quase 19% fazem compras todo mês e 5% não passam uma semana sem gastar dinheiro em sites. Os números vão ao encontro da média nacional, de duas compras por consumidor no decorrer de 2014, conforme o estudo da E-bit.

Satisfação

O levantamento da Paraná Pesquisas também mostra que quase 80% dos consumidores do estado avaliam a qualidade do serviço prestado pelos sites de compras como ótima ou boa. Para especialistas do setor, a receptividade à internet como canal de vendas ficará mais comum com o passar dos anos, à medida que consumidores mais jovens – e mais afeitos às novas tecnologias – ganham espaço em relação aos clientes “tradicionais”, que não abrem mão de testar e ver os produtos nas lojas físicas.

“O comportamento do consumidor mudou. Ele tem cada vez mais poder e pode usar a tecnologia para conseguir todas as informações necessárias para fazer uma boa compra. Isso traz um desafio extra para as lojas virtuais, que vão precisar se adequar a esse novo cenário competitivo”, avalia Luis Vabo Jr., CEO da Sieve, empresa de precificação que atende gigantes do varejo como Americanas, Walmart e Casas Bahia.

A percepção dos consumidores on-line entrevistados pela Paraná Pesquisas reforça esse cenário, onde a loja física deixa de ser uma exigência no dia a dia. Para 50% dos clientes de e-commerce do estado, o comércio eletrônico é tão bom quanto o comércio tradicional e, para 33%, fazer compras pela internet é melhor do que por meio das lojas convencionais.

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