O tamanho da indústria
O Paraná tem 250 empresas do setor eletroeletrônico.
A presença do estado no setor é importante nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia e informática.
O estado representa 10% da produção nacional.
O setor emprega 15 mil pessoas no estado.
O nível de ocupação das indústrias do setor no país é de 91%.
Um crescimento de 5% no PIB nacional exige crescimento de 7% a 8% no setor elétrico.
A participação do setor no PIB nacional é de 4,5%.
Fonte: Abinee
Este deve ser o primeiro ano em que a indústria nacional venderá mais computadores que televisores, estima a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Devem ser produzidas 10,2 milhões e 10 milhões de unidades, respectivamente. Embalado pela desoneração de impostos sobre o setor e abundância de crédito, o bom desempenho da informática e de outros segmentos confirma previsão do setor elétrico e eletrônico de fechar o ano com alta no faturamento de 12%. O primeiro semestre registrou aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os números do ramo de informática do Paraná e mesmo do país são impactados em larga escala pela presença da fabricante de computadores Positivo Informática, que fechou o primeiro semestre com alta de 74% no faturamento e espera aquecimento semelhante para o restante do ano. O segmento de informática cresceu 13% no primeiro semestre.
Entrave nesse bom cenário, a guerra fiscal entre os estados está próxima de acabar, na opinião do presidente da Abinee, Humberto Barbato. Ele reuniu empresários da indústria elétricaeletrônica ontem, no Cietep, em Curitiba. "A cada reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária [Confaz] esperamos que os secretários estaduais entrem num acordo e saia o pacto do ICMS. O secretário Bernard Appy [secretário do Ministério da Fazenda] está bastante otimista", diz. O presidente da Positivo Informática, Hélio Rotemberg, participou do café da manhã organizado pela Abinee mas preferiu não comentar a guerra fiscal.
Além da informática, outros ramos também têm boa evolução. A venda de equipamentos para automação industrial cresceu 25%, com destaque para a demanda de refinarias de petróleo e gás, biocombustíveis e produção de álcool.
O lançamento de novos editais de linhas de transmissão de energia exige equipamentos que movimentam diversos elos da cadeia produtiva, um movimento estimulado pelo programa federal "Luz para Todos", que leva energia elétrica para áreas ainda não servidas. Até agosto foram instaladas 267 mil novas ligações, que devem fechar o ano em 450 mil. "O Paraná tem fábricas importantes de equipamentos para subestações, que movimentam ainda fundições e forjarias", exemplifica Barbato.
Mas o maior crescimento por segmento durante o primeiro semestre se deu entre fabricantes de material de instalação elétrica para imóveis (33%). "Esse resultado só inclui reformas pequenas, mas vai mais longe, quando surtirem efeito os novos programas habitacionais do governo federal", diz o presidente da Abinee. Ele imagina que o maior impulso da construção civil chegue ainda no primeiro semestre de 2008.
O único ramo em que houve decréscimo no semestre foi o de infra-estrutura de telecomunicações (-11%). "Pedimos ao governo que acelere os editais das faixas de freqüência para as tecnologias 3G e WiMax (de telefonia celular) para que a indústria possa voltar ao nível de atividade normal. Por enquanto só há reposição de encomendas", diz.
Outra tecnologia que deve aquecer o mercado é a da televisão digital, mesmo com o atraso nas definições técnicas. Por enquanto, apesar da chegada da tecnologia a São Paulo, em dezembro, a Abinee estima que haja pouca sintonização de tevê aberta por via digital.
Outros entraves atacados pelo setor são as importações, legais e principalmente ilegais. Estimulado pela valorização do real, o déficit da balança comercial de eletrônicos é estimado este ano em US$ 12,5 bilhões, 28% acima do que foi registrado em 2006.
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