A próxima safra de café do Brasil (2011/12) foi estimada nesta quinta-feira entre 41,9 e 44,73 milhões de sacas, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os números constam do primeiro levantamento para a safra 2011/12, ano de baixa do ciclo bianual do café arábica.
Assim, a produção deverá cair em relação ao total colhido em 2010/11 (48,1 milhões de sacas), ano de alta do ciclo do café que responde pela maior parte da produção brasileira.
Mas a safra deverá ser superior em relação ao total colhido em 2009/10 (39,5 milhões de sacas), último período de baixa.
Segundo a Conab, as chuvas no ano passado ajudaram na recuperação dos cafezais após um período de estiagem.
"O estudo mostrou também que as chuvas registradas a partir da última semana de setembro, nas principais áreas produtoras, sobretudo nas regiões sul e Zona da Mata de Minas Gerais e na maioria das áreas cafeeiras de São Paulo e Paraná, possibilitaram a elevação e a recuperação da umidade no solo", afirmou a Conab em relatório.
As precipitações estimularam o florescimento, acrescentou.
"A situação contribui para que a safra atual seja maior que a de 2009, quando a produção atingiu 39,47 milhões de sacas, quando considerados os anos de baixa bienalidade", ressaltou a Conab, acrescentando que outras regiões também foram beneficiadas por chuvas em outubro.
Segundo a Conab, a produção de café arábica em 11/12 está estimada entre 31 e 33,17 milhões de sacas, o que deve ser equivalente a 74,6 por cento da safra total.
Em 10/11, o Brasil colheu 36,82 milhões de sacas de café arábica.
A produção de robusta, que não é afetada pela bianualidade, 11/12 foi prevista entre 10,9 e 11,56 milhões de sacas, contra 11,27 milhões de sacas em 10/11.
A colheita de café no Brasil deve começar em mais alguns meses.
A área total estimada em 11/12 é de 2,28 milhões de hectares, ligeira queda de 0,4 por cento ante a temporada passada.
As informações do relatório foram obtidas por meio de trabalhos realizados pela Conab no período entre 8 de novembro e 17 de dezembro, quando os técnicos visitaram municípios dos principais Estados produtores (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Rio de Janeiro).
Minas Gerais, o maior produtor nacional de arábica, deverá produzir entre 21 e 22,5 milhões de sacas, segundo a Conab.
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