De acordo com o economista, o primeiro debate sobre "fair trade" aconteceu no século 19, quando se discutia na Inglaterra a aplicação das teorias liberais de Alfred Marshall – e suas conseqüências – em face de outros sistemas econômicos mais protecionistas. De qualquer maneira, o termo só se popularizou nos anos 80, quando um sistema de certificação de produtos foi implantado por diversas entidades, organizadas sob o guarda-chuva da Fairtrade Labelling Organizations International – FLO (Associação Internacional das Organizações Certificadores do Comércio Justo).

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Surgiram então os selos de "fair trade", garantindo aos compradores de determinados produtos que aquelas marcas respeitam uma série de exigências e promovem o desenvolvimento econômico de comunidades pobres em países menos desenvolvidos. Hoje, de acordo com a FLO, cerca de 800 mil famílias de 45 países se beneficiam dos seus certificados. A idéia romântica do comércio justo, portanto, pode ter se desvirtuado, mas seu objetivo – tirar populações da miséria por meio do intercâmbio comercial – é atualmente a principal preocupação da OMC e um dos primeiros tópicos nas agendas dos líderes mundiais.

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