A concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos anunciou nessa segunda-feira (22) o início das obras da segunda fase do plano de investimentos em infraestrutura do terminal, com a ampliação das áreas de check-in, de esteiras de bagagem, saguões de embarque e desembarque e de centralização do setor de raio-X, onde são feitas inspeção de bagagem de mão e detecção de metal nos passageiros. A reestruturação nos terminais 1 e 2 permitirá que as áreas de circulação e corredores fiquem maiores, o que facilitará o trânsito dos usuários.
O presidente do GRU Airport, Antonio Miguel Marques, explicou que as obras começam no início de outubro e devem ser encerradas no segundo semestre de 2016. Segundo ele, como o terminal está funcionando, a obra foi detalhadamente planejada para evitar distúrbios aos passageiros. "Em alguns casos, o usuário sequer perceberá que o aeroporto está em obras. O planejamento foi cuidadoso. É uma obra que durará muito tempo, porque tem esse paralelismo com a operação".
Marques salientou que, para as melhorias, todas as áreas administrativas serão removidas para outros locais. "Temos escritórios da concessionária e de companhias aéreas em áreas pouco utilizadas. A intenção é que essas áreas passem a ser produtivas". A obra está orçada em R$ 200 milhões, recursos que serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com liberação ao longo do processo.
Na avaliação do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, Guarulhos é um dos principais aeroportos domésticos do país. Segundo ele, o resultado de pesquisas mensais sobre o aeroporto mostra que a avaliação dos passageiros é muito ruim. "Por isso, nós e a concessionária achamos necessária a implementação do programa de reformulação e melhoria dos terminais 1 e 2, que servem aos voos domésticos. Queremos que os brasileiros tenham a mesma qualidade de serviço dos usuários dos voos internacionais", ressaltou.
Para Franco, as mudanças previstas melhorarão fisicamente o aeroporto, assim como a qualidade dos serviços e os preços da praça de alimentação, motivo de frequentes queixas dos usuários. Conforme o ministro, a pesquisa também indica numerosas reclamações contra a limpeza dos banheiros dos terminais. Por isso, salientou ser essa a razão da inclusão dos sanitários no projeto de melhorias do aeroporto.
"O passageiro é o cliente. Ele tem de ter serviço de qualidade. Quando entramos em um aeroporto, podemos deixar de comprar roupas, joias e livros, mas sempre precisamos de alimentação e de banheiro. Então, é fundamental a qualidade do banheiro e concorrência nas praças de alimentação, de modo que os preços sejam compatíveis com o mercado", acrescentou o ministro.