Consumidores estão menos otimistas

A possibilidade de um aumento da inflação deixou os consumidores menos otimistas para os próximos seis meses, segundo o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor do terceiro trimestre, divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador ficou em 104,8 pontos, uma queda de 1,2% em relação ao segundo trimestre de 2007 e de 5,2% na comparação com o mesmo período de 2006.

A maioria (55%) dos entrevistados esperam um aumento da inflação nos próximos meses. É o maior porcentual detectado pela pesquisa deste março de 2005. Outros 15% esperam uma queda da inflação e 30% acham que o índice não mudará.

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São Paulo – A indústria de transformação manteve ritmo aquecido de atividade no terceiro trimestre e a expectativa para o fim deste ano é otimista, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1% neste mês – passando de 121,9 para 123,1– e atingiu novo recorde na série iniciada em 1995.

Neste mês, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu para 126,9, contra 124 no mês passado. O resultado de setembro foi o maior desde abril de 1995. Já o Índice de Expectativas recuou para 119,2, contra 119,8 um mês antes.

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O destaque dentro dos itens do índice de confiança referentes à situação atual foi o nível da demanda, influenciada principalmente pelo mercado interno: entre este mês e setembro do ano passado, a proporção de empresas que avaliam o nível atual de demanda como forte aumentou de 16% para 28%; já as que o cenário atual como fraco caiu de 10% para 4%.

Capacidade

O nível da utilização da capacidade instalada da indústria atingiu em setembro 86,1%, maior patamar desde janeiro de 1977 (87%). Para Aloísio Campelo Júnior, coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), o nível do uso da capacidade não é alarmante, já que vem acompanhado por investimentos da indústria.