O humor dos empresários brasileiros continuou ruim em março. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, caiu 0,1% em março ante fevereiro, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esta é a terceira queda consecutiva do indicador. Apesar da continuidade na trajetória negativa do ICI, o recuo foi mais fraco que o apurado no mês passado, quando o índice mostrou queda de 0,3% ante janeiro. Para a FGV, a queda em março pode ser considerada "praticamente uma estabilidade".
O ICI é um indicador cujo cálculo é baseado em cinco tópicos da Sondagem da Indústria. A partir das respostas dos tópicos, a FGV elabora o resultado do índice dentro de uma escala que vai de até 200 pontos. O desempenho do indicador é pessimista ou otimista se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente.
Os dados atualizados do índice mostram que, de fevereiro para março, o indicador caiu de 112,5 pontos para 112,4 pontos, na série com ajuste sazonal. Na comparação com março do ano passado o ICI registrou queda 3% neste mês, após cair 2,3% em fevereiro no mesmo tipo de comparação, nos dados sem ajuste sazonal.
O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que teve alta de 0,8% em março, após apresentar estabilidade nos dados atualizados na série com ajuste sazonal. O segundo componente é o Índice de Expectativas (IE), que apresentou queda de 1% este mês, em comparação com a queda de 0,7% em fevereiro. Na comparação com março do ano passado, nos dados sem ajuste sazonal, houve queda de 2,7% e recuo de 3,2%, respectivamente, para o ISA e para o IE, em março deste ano. O levantamento para cálculo do índice ocorreu entre os dias 2 e 25 de março, em uma amostra de 1.170 empresas informantes.