O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 2,8% em setembro ante agosto, passando de 83,4 para 81,1 pontos, informou nesta terça-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com a nona queda consecutiva, o índice permanece no menor nível desde março de 2009, quando registrou 77,1 pontos.
A queda do ICI na margem se deve tanto à piora das avaliações dos empresários sobre o presente quanto sobre o futuro. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2,9%, para 80,3 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,6%, para 81,9 pontos.
Segundo Aloisio Campelo, superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV,"o setor se mostra insatisfeito com o ambiente de negócios e pessimista quanto à possibilidade de mudanças no horizonte de três a seis meses".
A maior contribuição para a queda do ISA veio do item que sinaliza o nível de demanda, com retração de 6,1% na margem. Na passagem de agosto para setembro, a proporção de empresas avaliando o nível de demanda como forte caiu de 6,9% para 1,9%, enquanto a parcela de empresas que o avaliam como fraco recuou de 29,3% para 29,0%.
Já no IE, a principal influência de baixa foi do quesito que mede as expectativas sobre a situação futura dos negócios, que caiu 7,3% entre agosto e setembro. Houve queda na proporção de empresas prevendo melhora da situação dos negócios, de 30% para 25,8%, e aumento da parcela das que projetam piora, de 26 5% para 29,9%.
A FGV também informou que entre agosto e setembro o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 0,2 ponto porcentual, para 83,0%, permanecendo no menor nível desde outubro de 2009.