O Índice de Confiança da Indústria (ICI) mostrou alta de 0,5% em março, após subir 0,2% em fevereiro, informou nesta sexta-feira (30) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em uma escala de até 200 pontos o ICI subiu de 102,5 pontos para 103,0 pontos de fevereiro para março. Mas a pontuação maior não impediu que, com o resultado de março, o índice continue abaixo da média dos últimos cinco anos, de 106,3 pontos.
O avanço na confiança do empresário foi influenciado pela expectativa mais favorável em relação aos próximos meses. Entre os dois componentes do ICI, o Índice de Expectativas (IE) cresceu 1%, para 102,3 pontos, o maior resultado desde julho de 2011, quando marcou 102,6. Por sua vez, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou apenas 0,2%, para 103,8 pontos, mas ainda assim é o maior dos últimos oito meses (107,4).
De acordo com a FGV, a combinação de resultados sinaliza que a atividade industrial segue em recuperação lenta. Para o cálculo do índice, foram consultadas 1.214 empresas, responsáveis por vendas de R$ 715,0 bilhões em 2010. A pesquisa foi feita entre os dias 5 e 27 deste mês.
Capacidade instalada
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria da transformação, com ajuste sazonal, aumentou para 83 8% em março, 0,1 ponto porcentual acima do resultado de fevereiro (83,7%). O resultado de março é igual ao sinalizado pela prévia do Nuci, anunciado na semana passada pela instituição. O número também é idêntico à média dos últimos cinco anos.
Com o resultado do Nuci registrado em março, a média do primeiro trimestre do ano ficou em 83,7%, acima da média do quarto trimestre de 2011. No entanto, está abaixo da média dos três trimestres anteriores. Na série sem ajuste sazonal, o Nuci subiu de 82,9% em fevereiro para 83,0% em março.