O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 9,2% em março ante fevereiro, passando de 83,0 para 75,4 pontos, informou nesta terça-feira, 31, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atinge o menor nível desde janeiro de 2009, quando estava em 74,1 pontos. Na comparação com março de 2014, o ICI recuou 21,2%.

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Além disso, neste mês, a queda da confiança foi a mais intensa e disseminada setorialmente desde novembro de 2008. Isso reflete, segundo a FGV, um setor extremamente insatisfeito com a situação atual dos negócios e pessimista em relação à possibilidade de recuperação no horizonte de três a seis meses. “O ganho potencial de competitividade externa com a desvalorização do real passa a concentrar as atenções do setor como uma válvula de escape para compensar em parte o cenário doméstico desfavorável”, diz, em nota, Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/Ibre.

Na passagem de fevereiro para março, a queda do ICI na margem se deve à piora das avaliações dos empresários tanto sobre o presente quanto sobre o futuro. O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 10,4%, para 75,3 pontos, atingindo o menor nível desde julho de 2003, quando estava em 70,4. Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE) caiu 7,8%, passando a 75,5 pontos, a menor marca desde fevereiro de 2009, quando chegou a 73,3 pontos.

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A maior contribuição para a queda do ISA veio do item que sinaliza o nível de demanda (-16,4%). A proporção de empresas avaliando o nível de demanda como forte diminuiu de 7,4% para 2,6%, enquanto a parcela de empresas que o avaliam como fraco aumentou de 26,9% para 35,3%.

No IE, a principal influência de baixa foi do quesito que mede o grau de otimismo quanto à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes (-12,5%). Na comparação com fevereiro, houve acréscimo na proporção de empresas prevendo melhora da situação dos negócios, de 19,8% para 20,7%, mas a parcela das que projetam piora aumentou em maior proporção, de 22,9% para 35,9%.

A FGV também informou que entre fevereiro e março o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 1,2 ponto porcentual, para 80,4%. Segundo a FGV, este é o menor nível desde julho de 2009, quando o Nuci estava em 79,9%.