A confiança do consumidor caiu 2,2% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, segundo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado nesta quarta-feira (24) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mês passado, o índice subiu 0,6% na comparação com dezembro. Com o resultado, o desempenho do indicador, calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos foi de 113,0 para 110,2 pontos de janeiro para fevereiro. Quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor.
Segundo a FGV, em fevereiro houve piora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. O ICC é dividido em dois subindicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que caiu 0,8% este mês, após avançar 3,1% em janeiro; e o Índice de Expectativas (IE), que mostrou queda de 3,0% em fevereiro, após apresentar taxa negativa de 1,1% em janeiro.
O ICC subiu 15,3% em fevereiro na comparação com igual mês do ano passado. No resultado anterior, em janeiro deste ano, o indicador avançou de forma mais intensa nesta comparação, com alta de 16,1% ante janeiro de 2009. O levantamento abrange amostra de mais de 2 mil domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1 e 19 de fevereiro deste ano.
Insatisfação
A insatisfação do consumidor com o cenário atual da economia levou à queda do ICC de fevereiro, de acordo com a FGV. De janeiro para fevereiro, o porcentual de pesquisados que avaliam a situação atual da economia local como boa caiu de 19,8% para 16,9%. Já a fatia dos entrevistados que a julgam ruim aumentou de 26,9% para 27,1% no mesmo período.
A avaliação do consumidor sobre a situação financeira familiar no momento presente é positiva, mas o mesmo não pode ser dito quando são analisadas as perspectivas para as finanças futuras do consumidor. No ICC, o porcentual de consumidores pesquisados que apostam em melhora na situação financeira familiar nos próximos seis meses caiu de 29,6% para 28,4%, de janeiro para fevereiro. Já a parcela dos entrevistados que projetam piora aumentou de 3,1% para 3,7% no mesmo período.
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