A confiança do consumidor recuou 2,9% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quarta-feira, 26. Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 82,9 pontos - pelo terceiro mês consecutivo no menor patamar da série histórica, iniciada em setembro de 2005.

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“O ICC aprofunda a queda, se afastando ainda mais dos níveis mínimos anteriores, registrados durante a crise financeira internacional de 2008-2009. Aos fatores econômicos, como inflação e mercado de trabalho, soma-se a preocupação do consumidor brasileiro com a turbulência do ambiente político e com os riscos de abastecimento de água e energia”, avaliou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo, em nota.

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O resultado foi influenciado principalmente pela avaliação sobre o momento atual, mas a percepção em relação ao futuro também piorou. O Índice de Situação Atual (ISA) cedeu 5,6%, ao passar de 82,3 pontos para 77,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,4%, de 87,0 pontos para 85,8 pontos. Ambos encontram-se em mínimas históricas.

O ICC já havia caído 4,9% em fevereiro e recuado 6,7%, sempre na comparação com o mês imediatamente anterior. O indicador, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), está desde novembro do ano passado abaixo dos 100 pontos, zona considerada desfavorável.

Na comparação de março contra igual mês de 2014, o ICC recuou 22,7%. Segundo a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 2 e 21 de março.