A confiança do consumidor brasileiro bateu recorde em janeiro, de acordo dados divulgados nesta segunda (8) pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O indicador de janeiro alcançou 149 pontos na média de todas as regiões do Brasil, ante 146 em dezembro de 2009 e 145 em dezembro de 2008. O valor registrado em janeiro é o maior da série, iniciada em abril de 2005.
Segundo a ACSP, as regiões com o maior otimismo são a Norte e a Centro-Oeste, com 164 pontos cada, seguidas pela Sul, com 160 pontos, Sudeste, com 151 pontos, e Nordeste, com 133 pontos.
A região Nordeste, apesar de registrar a menor expectativa, teve recuperação, pois ganhou 11 pontos em janeiro na comparação com dezembro de 2009.
A classe com maior confiança é a C, cujo índice passou de 156 pontos para 161 pontos de dezembro para janeiro. Depois, vêm as classes A e B, com queda de 1 ponto (de 142 pontos para 141 pontos), e D e E, que subiram 3 pontos, de 136 pontos para 139 pontos.
Emprego
A confiança em relação ao emprego subiu de 39% em dezembro para 41% dos entrevistados em janeiro. A porcentagem dos menos otimistas caiu de 31% para 28%.
Segundo o levantamento, os pesquisados conheceram em janeiro, em média, quatro pessoas que ficaram desempregadas, o mesmo nível de dezembro.
O número de entrevistados que se sentem seguros em comprar eletrodomésticos é de 43% ante 44% em dezembro. Os menos seguros para comprar são 32% - alta de um ponto.
Sobre o futuro da economia da região onde mora nos próximos seis meses, 49% acham que esta ficará mais forte (ante 50% em dezembro), contra 11% que consideram que ficará mais fraca - mesma porcentagem de dezembro.
A porcentagem de consumidores que consideram que a situação financeira pessoal vai melhorar nos próximos seis meses subiu dois pontos porcentuais em janeiro e ficou em 65% - enquanto 9% continuam achando que pode ficar pior, ante 8% em dezembro.
"Todos os indicadores e pesquisas demonstram que, efetivamente, 2010 pode ser o ano de crescimento tão esperado pelo governo e sociedade. Mas isso vai depender também do comportamento dos consumidores, dos empreendedores e, sobretudo, dos governantes para que não nos levem à via fácil da inflação", afirmou o presidente da ACSP, Alencar Burti.